São Bento consegue acordo e vai pagar R$ 15 milhões a 250 trabalhadores
São mais de 10 anos de uma disputa judicial que envolve centenas de ações trabalhistas
A Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul, por meio do Centro de Execução e Pesquisa Patrimonial (CEPP), firmou um acordo no valor de R$ 15 milhões com empresas do Grupo São Bento. A conciliação, homologada no dia 19 de dezembro pela juíza do trabalho Fátima Regina de Saboya Salgado, resultará na quitação de 250 processos trabalhistas, beneficiando a mesma quantidade de trabalhadores.
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A Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul homologou um acordo de R$ 15 milhões entre o CEPP e o Grupo São Bento, solucionando 250 processos trabalhistas. O acordo, fechado antes do recesso forense, visa garantir o pagamento dos trabalhadores antes do Natal. A lista de beneficiados está disponível no processo 0024616-29.2020.5.24.0007, mas recomenda-se que os trabalhadores consultem seus advogados para confirmação.
O acordo, celebrado no último dia antes do recesso forense, mobilizou servidores do CEPP em regime de plantão para agilizar a expedição de alvarás. O objetivo é garantir que os pagamentos sejam liberados antes do Natal. Segundo Levi Lara Belão, secretário da Secretaria de Apoio à Execução e Conciliação, a equipe está empenhada em atender a sociedade e ciente da importância dos recursos para os trabalhadores contemplados.
Como verificar a contemplação - A lista dos beneficiados está disponível nos autos do processo 0024616-29.2020.5.24.0007. No entanto, a orientação para os trabalhadores que possuem ações trabalhistas contra a rede de farmácias é procurar seus advogados para confirmar se foram incluídos no acordo e verificar a disponibilidade dos valores.
História - A rede, que tinha como slogan “Esquina da Saúde”, surgiu em 1948, na esquina da Rua 14 de Julho com a Marechal Cândido Mariano Rondon. Já no ano de 1982, houve sucessão familiar para os cinco filhos do fundador.
A São Bento chegou a ter 80 lojas em 23 cidades de Mato Grosso do Sul, mas em 2022 fechou as duas últimas unidades que restaram. O portfólio contava com mais de 17 mil itens entre medicamentos, produtos de higiene, beleza, perfumaria e cosmético.
Em 2015 atingiu R$ 73,9 milhões em dívidas e entrou com pedido de recuperação na Vara de Falências, Recuperações, Insolvências, e cumprimento de cartas precatórias cíveis em geral de Campo Grande.
Na época, o grupo apontou dificuldade econômico-financeira após investimentos em reforma e troca de plataforma tecnológica, num contexto de crise mundial, alta carga tributária e a alta taxa de juros. Com isso, a empresa foi comprometendo os pagamentos rotineiros com fornecedores, parceiros e bancos.
Em 2021, o plano de recuperação judicial da São Bento foi homologado pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva. Na época, um dos advogados da São Bento disse ao Campo Grande News que eram 1.359 credores.
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