Saúde recorre a Apae para armazenar vacinas em refrigeradores
Estrutura de almoxarifado municipal não é suficiente para armazenar imunobiológicos
Sem estrutura suficiente para armazenar vacinas contra a covid-19, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) recorreu à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para garantir a manutenção das doses, em Campo Grande.
De acordo com médico Paulo Siufi Neto, diretor clínico do CER/Apae (Centro Especializado em Reabilitação e Oficina Ortopédica da APAE de Campo Grande), a câmara fria está sendo utilizada para auxiliar a prefeitura, já que a estrutura disponível no almoxarifado municipal não atende toda demanda.
Além disto, os refrigerados poderão armazenar as doses da Pfizer. O imunizante exige armazenamento em temperatura a -70°C. “Assim que chegarem na Capital, elas podem ser mantidas nessas caixas térmicas, da própria Pfizer. Após a abertura, eles podem ficar cinco dias na temperatura da geladeira normal das vacinas”, explicou o médico.
O tempo, segundo ele, seria suficiente para aplicar as doses na popular. A situação foi apresentada em transmissão ao vivo, exibida nesta quarta-feira (5), pela Câmara Municipal de Campo Grande.
Nesta semana, Mato Grosso do Sul recebeu o primeiro lote da Pfizer. Foram 7.020 doses entregues apenas para Campo Grande, justamente por ser única cidade com capacidade de armazenamento das doses sem o risco de estragarem.
Para armazenamentos a logo prazo, em temperatura extrema, a Sesau tem apenas um refrigerador. Há outros três na UFMS (Universidade Federal) e um da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).
No final de 2018, antes da pandemia, o serviço de imunização da decretaria recebeu 30 câmaras de baixa temperatura, desenvolvidas para prever controle preciso de temperatura ambiental e conservar vacinas, evitando assim perdas de doses e eventuais contratempos.
O Estado é o segundo do País em número de pessoas vacinadas contra a covid-19. Quase 20% da população já vacinou. Na Capital, o porcentual é de quase 23%.