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Capital

Saúde recorre a Apae para armazenar vacinas em refrigeradores

Estrutura de almoxarifado municipal não é suficiente para armazenar imunobiológicos

Tainá Jara | 05/05/2021 13:18
Novos refrigaradores foram entregues a Sesau, no final de 2018 (Foto: Divulgação/PMCG)
Novos refrigaradores foram entregues a Sesau, no final de 2018 (Foto: Divulgação/PMCG)

Sem estrutura suficiente para armazenar vacinas contra a covid-19, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) recorreu à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para garantir a manutenção das doses, em Campo Grande.

De acordo com médico Paulo Siufi Neto, diretor clínico do CER/Apae (Centro Especializado em Reabilitação e Oficina Ortopédica da APAE de Campo Grande), a câmara fria está sendo utilizada para auxiliar a prefeitura, já que a estrutura disponível no almoxarifado municipal não atende toda demanda.

Além disto, os refrigerados poderão armazenar as doses da Pfizer. O imunizante exige armazenamento em temperatura a -70°C. “Assim que chegarem na Capital, elas podem ser mantidas nessas caixas térmicas, da própria Pfizer. Após a abertura, eles podem ficar cinco dias na temperatura da geladeira normal das vacinas”, explicou o médico.

O tempo, segundo ele, seria suficiente para aplicar as doses na popular. A situação foi apresentada em transmissão ao vivo, exibida nesta quarta-feira (5), pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Nesta semana, Mato Grosso do Sul recebeu o primeiro lote da Pfizer. Foram 7.020 doses entregues apenas para Campo Grande, justamente por ser única cidade com capacidade de armazenamento das doses sem o risco de estragarem.

Para armazenamentos a logo prazo, em temperatura extrema, a Sesau tem apenas um refrigerador. Há outros três na UFMS (Universidade Federal) e um da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

No final de 2018, antes da pandemia, o serviço de imunização da decretaria recebeu 30 câmaras de baixa temperatura, desenvolvidas para prever controle preciso de temperatura ambiental e conservar vacinas, evitando assim perdas de doses e eventuais contratempos.

O Estado é o segundo do País em número de pessoas vacinadas contra a covid-19. Quase 20% da população já vacinou. Na Capital, o porcentual é de quase 23%.

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