Secretário de Saúde diz que não há pressa para resolver destino de Scooby
Cão continua no CCZ sendo tratado pelos ferimentos causados por ter sido arrastado em uma motocicleta pelo dono no último dia 9
Resolver o desfecho do caso Scooby não exige pressa das autoridades em Saúde da Capital. Hoje pela manhã durante assinatura do termo de cooperação técnica, no Hospital São Julião, o secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina disse que a discussão vai seguir com calma e discernimento.
“Estamos discutindo com calma, porque ele ainda está sendo tratado pelos maus tratos que sofreu”, disse Mazina.
Segundo a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) o cão continua no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) sendo tratado pelos ferimentos causados durante o incidente em que foi arrastado em uma motocicleta pelo dono no último dia 9.
Dois exames para verificar se o cão tem a leishmaniose já foram feitos. O primeiro é um que constatou logo que o animal deu entrada no Centro e o segundo, já é mais elaborado e também foi positivo para a doença.
As autoridades em saúde aguardam agora o resultado de um terceiro exame. O sacrifício do cão, protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde em casos de leishmaniose, também está sendo tratado com cautela, depois que o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) disse que mesmo com todos os exames dando positivo, Scooby não será sacrificado.
Caso - Dois homens foram autuados no dia 9 de julho pelo crime de maus-tratos a animais porque transportaram um cão amarrado a motocicleta em que estavam. O animal chegou machucado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
O CCZ verificou que o animal, de grande porte e sem raça definida, chegou ao local com as patas ensanguentadas e apresentando sinais de maus-tratos. Foi verificado ainda que o cão havia sido arrastado amarrado à motocicleta desde o bairro Aero Rancho.
Diante da situação, o CCZ acionou a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista). Os policiais constataram os maus tratos e levaram Isarel José Martins, 57 anos, e Vilson Jara Coene, 43 anos, à delegacia, onde ambos foram autuados em flagrante.
Conforme registro policial, a moto era pilotada por Vilson, que é genro de Israel. Os dois assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência e vão responder pelo crime no Juizado Especial em liberdade. A pena é de três meses a um ano de detenção.
Ao Campo Grande News, os dois disseram que não tinham a intenção de machucar o cão e que só o levaram dessa forma porque já teriam entrado com o CCZ durante o último mês, pedindo visita.
O cão virou mascote de uma campanha virtual pedindo a mudança nas políticas públicas no tratamento da leishmaniose.