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Capital

Sem central que controla semáforos, Onda Verde volta na versão caseira

Falta de manutenção, quedas de raios e postes “atropelados” por veículos danificaram os equipamentos

Aline dos Santos | 13/03/2017 08:48
Semáforo preso com arame na avenida Afonso Pena mostra precariedade na sinalização.  (Foto: Marcos Ermínio)
Semáforo preso com arame na avenida Afonso Pena mostra precariedade na sinalização. (Foto: Marcos Ermínio)
Controlador é o "cérebro" e regula tempo nos semáforos. (Foto: Marcos Ermínio)
Controlador é o "cérebro" e regula tempo nos semáforos. (Foto: Marcos Ermínio)

A Onda Verde, sistema para sincronizar os semáforos, vai voltar às vias de Campo Grande na versão “caseira”, que funcionou entre 2009 e 2012.

De acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, serão comprados controles de semáforos e aparelhos de GPS (sistema de posicionamento global). A previsão é prazo de 90 dias entre licitação, compra e instalação.

“A gente está lutando para resgatar o dinheiro do PAC Mobilidade e ter uma central semafórica. Você coloca os semáforos no tempo que quer, é a onda verde mais perfeita. Mas até lá, vamos para uma solução mais caseira”, diz Janine.

Conforme o diretor-presidente, a opção, na ausência da central, é instalar aparelhos de GPS no controlador do sinal.

“Todo semáforo tem um controlador no poste, aquilo é o cérebro. Ele que dá os tempos de verde e vermelho. É como a CPU de um computador, você pode lançar dez tempos diferentes. Um para às 7 horas, outro para o meio-dia. Agora, para você ter uma Onda Verde, precisa ter todos os controladores na mesma hora e no mesmo minuto”, afirma o diretor.

São colocados GPS nos controladores que “pegam” mesma hora no satélite e, por meio de defasagem, faz com que os semáforos fiquem verde com segundos de intervalos. “Vamos supor que vai abrir no zero, zero, zero segundo. Daqui até ali, eu sei que são nove segundos, no 009 abre o outro semáforo. Você vai fazendo por defasagem. É manual, dá mais trabalho, mas funcionou muito bem até que se deu manutenção”, explica Janine.

Falta de manutenção, quedas de raios e postes “atropelados” por veículos danificaram os equipamentos. “Ou seja, perdemos tudo, voltou a ser a Onda Vermelha”, diz diretor.

A Onda Verde foi instalada em vias como Calógeras, 14 de Julho, Rui Barbosa, Pedro Celestino, 13 de Junho, José Antônio, Ceará, Eduardo Elias Zahran, Afonso Pena, Mato Grosso e Antônio Maria Coelho. Para passar no sinal verde, a velocidade média do veículo é de 45km/h.

“Perdemos tudo, voltou a ser a Onda Vermelha”, diz Janine. (Foto: Marcos Ermínio)
“Perdemos tudo, voltou a ser a Onda Vermelha”, diz Janine. (Foto: Marcos Ermínio)
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