Sem inseticida, Prefeitura suspende fumacê nos bairros da Capital
Produto deve estar disponível na segunda-feira (22), segundo Ministério da Saúde
Mesmo registrando 88 novos casos suspeitos de dengue e 20 de zikavirus por dia, desde a manhã desta quinta-feira (18) os 17 veículos utilizados para aplicação do "fumacê" em Campo Grande estão parados no estacionamento da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetorias.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o estoque do inseticida utilizado na burrifação acabou na quarta-feira (17) e a nova remessa do produto ainda não chegou. O Ministério da Saúde, responsável por encaminhar o produto, prometeu que o inseticida chegará na próxima segunda-feira, dia 22.
O Campo Grande News solicitou à Secretaria relatório contendo crongorama de envio do produto pelo Ministério da Saúde, bem como a quantidade e o tempo que deveria durar. No entanto, até o fechamento desta, não houve retorno.
Na primeira quinzena de janeiro, as equipes já haviam paralisado as atividades por pelo menos 10 dias devido às chuvas constantes na Capital.
Eficácia - De acordo com a Sesau, o fumacê é um importante aliado no combate ao mosquisto Aedes aegypti – que transmite dengue, zika vírus e chikungunya. Seguindo cronograma da Secretaria, os carros costumam passar nos bairros sempre em dois horários, 4h30 e as 16h, períodos em que a umidade relativa do ar está mais alta, potencializando o efeito do inseticida. Com calor forte, a evaporação reduz a eficácia do veneno.
Casos – De acordo com boletim epidemiológico da Sesau divulgado nesta quarta-feira (17), Campo Grande tem 1504 casos de suspeita de dengue notificados em fevereiro. De zikavírus, são 370 novas notificações e 23 de febre chikungunya neste mês.