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Capital

Servidores do MPF "comemoram" um mês de greve com bolo e refrigerante

Ricardo Campos Jr. | 09/03/2015 16:07
Servidores protestando em frente ao MPF (Foto: Alcides Neto)
Servidores protestando em frente ao MPF (Foto: Alcides Neto)

Servidores do MPU (Ministério Público da União) fizeram uma manifestação simbólica na tarde desta segunda-feira (9) com bolo, refrigerante e salgadinhos para lembrar a data em que o movimento completa um mês. A categoria cobra aprovação de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados que concede reajuste de 56% referentes às correções inflacionárias que há nove anos não têm sido concedidas.

Os funcionários públicos querem pressionar o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, a negociar com os parlamentares a inclusão do texto na pauta. “Em dezembro tinham dois projetos de lei, um com reajuste dos procuradores e outro dos demais servidores e só o primeiro passou”, relata Marcelo Christóvão, um dos integrantes do movimento.

Conforme os grevistas, a paralisação foi motivada pela diferença de tratamento e o surgimento do que eles chamam de estrutura de castas dentro do MPU, que compreende o MPF (Ministério Público Federal), MPT (Ministério Público Militar) e MPM (Ministério Público Militar).

Dos 80 servidores do MPF em Campo Grande, 52 estão parados por conta do movimento. As PRMs (Procuradorias Gerais nos Municípios) de Dourados, Naviraí e Coxim, conforme as lideranças grevistas, estão totalmente paralisadas. A PRM de Três Lagoas chegou a participar, mas depois desistiu e os funcionários públicos retornaram às atividades.

Estão sendo feitos apenas atendimentos considerados essenciais e de urgência, como análise de prisões, pedidos de liminares, etc. Casos relacionados ao tráfico de drogas, demarcações indígenas, trabalho escravo, entre outros, estão prejudicados.

A manifestação deve durar até a votação do orçamento da União, previsto para ser colocado em pauta até quarta-feira. De acordo com lideranças grevistas, caso o objetivo não seja atendido, eles vão cobrar de Janot reivindicações que ele mesmo pode deliberar sem necessidade de passar pelos deputados, como a concessão dos 13% de aumento que todos os servidores federais ganharam em 2013, mas não contemplou quem trabalha no MPU, aumento no auxílio moradia, entre outras coisas.

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