Sesau rebate acusações, mas não desmente problema na escala de profissionais
Depois que os médicos que prestam serviço na rede municipal de saúde manifestaram repúdio contra a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), devido as informações divulgadas sobre a compra de remédios e a escala dos profissionais, nesta terça-feira (21), a Prefeitura de Campo Grande emitiu nota em que admite problemas, tanto pela deficiência de recursos quanto pela extensão e complexidade do sistema público de saúde e mantém aberto o diálogo com a categoria.
De acordo com a nota, “a secretaria esclarece que a compra de medicamentos, realizada já no início de gestão, corresponde a 75% da necessidade da rede pública de saúde e foi distribuída entre as unidades da rede, tendo sido iniciado novo processo de compra destinado atender as necessidades da população e a demanda sempre crescente das unidades de saúde”.
Mais cedo, o Sindmed-MS (Sindicato dos Médicos do Estado), declarou em nota que as prateleiras de medicamentos continuam vazias nas unidades de saúde e que as escalas de profissionais divulgadas não condizem com a realidade.
Quanto à remuneração dos médicos, a nota frisa que o valor informado pelo sindicato (R$ 2.516,72 ), corresponde ao salário base dos profissionais, sendo que tal remuneração é acrescida de outras verbas, tais como gratificações, produtividade e plantões realizados.
Contudo, a nota rebate a acusação acerca das escalas dos profissionais. "Os números não coincidem com o déficit de mais de 500 médicos, o que impossibilita o atendimento nas unidades", alega o sindicato. Mais cedo, a Sesau disse apenas que tenta regularizar através de remanejamento de profissionais.