Suspeito de assassinar 10 pessoas é morto pela PM
Apontado como pistoleiro, polícia disse que jovem de 22 anos se escondia em casa onde havia cocaína e maconha
Um homem, identificado como Yan Lucas Marinho da Silva Pereira, de 22 anos, morreu em troca de tiros com policiais militares na manhã desta quinta-feira (29), no Bairro Moreninhas, em Campo Grande. Segundo a polícia, ele é pistoleiro acusado de envolvimento em, ao menos, 10 homicídios recentes na Capital. Também existe processo por homicídio contra ele no Acre.
Um dos crimes aconteceu em abril deste ano, no Aero Rancho. Iago de Oliveira Amorim foi executado com 50 tiros, aos 18 anos. Ele foi assassinado por dois homens, em uma motocicleta Honda CB de cor preta, mesmo modelo do usado hoje por Yan, para tentar escapar da polícia.
Confronto - A PM informou que estava em diligências no bairro, no âmbito da Operação Saturação, no início da manhã, quando viu Yan em uma motocicleta Honda Twister, cor preta. Ao se aproximar, ele fugiu em alta velocidade e foi perseguido pelos policiais.
No trajeto, passou a disparar contra a viatura com uma pistola 9 mm e depois de cinco quadras, entrou em uma casa, na Rua Camaçari com a Ayrton Sena. De lá, continuou a disparar, mas mudou a arma, dessa vez usou uma escopeta.
Os policiais reagiram e atingiram Yan quatro vezes. Ele foi socorrido pelos próprios militares e levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro, onde não resistiu e morreu. Na casa, a polícia encontrou porções de cocaína e maconha. No trajeto da perseguição, também foram apreendidas cápsulas de 9 mm.
Segundo duas vizinhas, Yan nunca foi visto saindo de casa. Já a PM informa que ele mora há pouco tempo na cada das Moreiras.
Homicídios - Segundo a Polícia Militar, Yan é de São Gonçalo, do Rio de Janeiro, e estava em Campo Grande para pistolagem. Vários assassinatos cometidos com muitos tiros, deforma bastante violenta.
Dentre os 10 homicídios recentes, está também o de Renan de Camargo Cândido, 23 anos, executado com 16 tiros, na noite do dia 4 de março deste ano, na esquina de casa.
Ele também é apontado por envolvimento no homicídio de Victor Mergareno Benvindo, de 18 anos, a tiros de pistola 9 mm, na Rua Ranulfo Correa, esquina com a Luís Louzinha, na Vila Nhanhá. O crime ocorreu também no dia 4 de março. Em ambos os casos, os atiradores estavam em uma motocicleta preta.
Nesses dois casos, em comum ambos eram investigados com tráfico de drogas.
Outro assassinato seria do açougueiro Aurélio Francisco, o “Corumbá”, de 51 anos, no dia 27 de março, nas Moreninhas, mesmo mês das outras vítimas. O comerciante morreu com 12 tiros.
Ainda, segundo a polícia, há crimes atribuídos a ele nos Bairros Nova Lima e Centenário.
"Ele por enquanto é suspeito, se as investigações apontaram que ele é o autor, aí os inquéritos são concluídos, mas antes teremos que investigar", diz o delegado.