Suspeito de queimar veículos presta depoimento no Garras
A Polícia prendeu um suspeito de incendiar veículos em Campo Grande. O rapaz, que neste momento presta depoimento no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), foi preso na rua General Sampaio, na Vila Planalto, região onde quatro dos 17 veículos incendiados desde a madrugada de quarta-feira estavam estacionados.
Além do suspeito, presta depoimento como testemunha o morador de rua que estava dormindo na cabine da caminhonete de frutas queimada na Praça das Araras. O rapaz não ficou ferido e segundo o tio da dona do veículo, ele não chegou a perceber o fogo. Foram moradores da região que apagaram as chamas até a chegada dos bombeiros.
Depois da caminhonete, uma pick-up Montana preta que estava estacionada na esquina da avenida Júlio de Castilhos com a Orla Morena também foi incendiada. O dono do carro contou ao Campo Grande News que os bandidos usaram coquetel molotov para atear fogo. O veículo teve uma das janelas quebrada.
Dois caminhões parados na esquina das ruas Antônio Maria Coelho com a Antônio Francisco de Almeida também foram queimados. Em um deles as chamas foram contidas rapidamente, já no outro, o dono estimou um prejuízo de R$ 30 mil.
Na mesma região, um ônibus que veio de Tupi Paulista trazendo crianças para a Capital teve a mangueira de combustível cortada. O motorista, identificado apenas como Laércio, disse que havia acabado de deixar os alunos em um ginásio, quando sentiu o forte cheiro de combustível.
Ele estava estacionado na rua Almirante Barroso. Pela segurança das crianças, ele desceu e tentou arrumar a mangueira, mas como a movimentação entre Polícia e bombeiros na região era grande, ele logo ficou sabendo dos atentados e chamou a PM.
Desde a madrugada de hoje as polícias Civil e Militar estão em mega operação em Campo Grande e em cidades do interior do Estado. Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e até o final da manhã, cinco pessoas já haviam sido presas em Campo Grande.
O Cetremi (Centro de Triagem ao Migrante) também foi alvo da operação. Policias civis e militares revistaram toda a área. Entre os cinco presos nesta manhã, dois foram por tráfico de drogas, um por ser foragido da Colônia Penal Agrícola, outro em Corumbá por porte de arma e um por homicídio, em Três Lagoas.