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Capital

Suspeitos de terrorismo ficarão em triagem, com banho de sol na cela

Fernanda Mathias | 22/07/2016 10:31
Reprodução de vídeo mostra agentes da Polícia Federal (PF) conduzindo um dos suspeitos presos na Operação Hashtag (Foto: Agência Estado)
Reprodução de vídeo mostra agentes da Polícia Federal (PF) conduzindo um dos suspeitos presos na Operação Hashtag (Foto: Agência Estado)

Os 10 suspeitos de envolvimento com terrorismo que chegaram ontem ao presídio federal de Campo Grande permanecerão na triagem por 20 dias, com banho de sol na própria cela e depois seguem para celas separas com banho de sol no pátio.

Enquanto estiverem na triagem, não podem receber visitas, falam somente com agentes penitenciários federais e advogados, se constituídos legalmente, informa o Depen (Departamento Penitenciário Nacional). A solicitação da PF foi de prisão para 30 dias e se não houver decisão judicial contrária ou prorrogação, depois devem retornar aos seus estados de origem.

Embora alguns tenham origem estrangeira, todos eram radicados no Brasil. Eles chegaram na última madrugada em uma aeronave da Polícia Federal. Até o momento somente esta solicitação da PF deu entrada no Depen para transferência ao presídio federal de Campo Grande, por suspeita de associação a grupos terroristas.

A vinda para MS ocorreu por decisão de cúpula, do Ministério da Justiça, mas sem um motivo específico, apenas por ser presídio federal.

Grupos ligados ao Estado Islâmico e outras facções jihadistas, estariam armando um plano para atacar o Brasil durante o evento, colocandoMato Grosso do Sul como possível alvo do terrorismo.
A informação de que a fronteira poderia ser um dos meios de entrada de terroristas no Brasil, teria sido recebida por mensagens do aplicativo Telegram, conforme revelou análise do SITEIntelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos EUA.

O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a "porosa fronteira" com o Paraguai para levar armas ao Brasil Mato Grosso do Sul não irá sediar nenhum evento Olímpico, mas por estar localizado na fronteira entre Brasil e Paraguai, 1,5 mil quilômetros de extensão, seria a porta de entrada para os ataques. Nesta caso ainda é levado em consideração a baixa segurança desta região e as atividades ilícitas em abundância, como o narcotráfico, contrabando, descaminho de mercadorias e veículos roubados, poderia oferecer ainda mais facilidade o terrorismo.

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