Tarifa sobe se consórcio comprar ônibus e reformar terminais, diz Bernal
Prefeito propõe correção da inflação e deve ter uma definição sobre o assunto até esta quarta-feira (30)
Correção da inflação condicionada à compra de 79 ônibus, além da reforma dos terminais. Esta é a proposta em estudo para reajustar a tarifa do transporte coletivo em Campo Grande, segundo informa o prefeito Alcides Bernal (PP), depois de voltar atrás na decisão de congelar o preço do passe em R$ 3,25.
“Até amanhã (quarta, dia 30) nós vamos ter uma decisão do que será feito”, disse prefeito, durante o lançamento da diferenciação do uniforme da Guarda Municipal, no auditório da Semed (Secretaria Municipal de Educação), nesta tarde.
Bernal se limitou a dizer que, para aumentar o preço da tarifa de ônibus, exigirá das empresas a compra dos novos ônibus, e a reforma dos terminais de transborbo – estes são alvos constantes de reclamações de passageiros, por conta da falta de manutenção adequada. O prefeito, no entanto, não falou em valores a serem exigidos nesta contrapartida.
O atual chefe do Executivo não citou seu sucessor, mas, o prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), já disse que o transporte coletivo é um dos piores serviços oferecidos em Campo Grande e, por isso, as empresas não mereceriam o reajuste no preço do passe de ônibus.
A data-base para o aumento da tarifa venceu dia 18 de novembro. O prefeito chegou a mencionar no dia 21 que não haveria reajuste, porém voltou atrás quatro dias depois sinalizando que poderia haver a correção da inflação.
Segundo o Consórcio Guaicurus, que administra a concessão no setor em Campo Grande, atualmente a frota conta com 595 ônibus com média de 6 anos. Assim, conforme a mesma fonte, caso a proposta seja aceita, os 79 novos veículos substituiriam os mais antigos em circulação.
Na sexta-feira (25), a presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delgados de Campo Grande), Ritva Vieira, disse ao Campo Grande News que, caso a tarifa sofra reajuste, o valor passará de R$ 3,25 para R$ 3,56, conforme o que foi apontado no estudo feito pela agência.
A Agereg calculou a necessidade de aumentar a tarifa do transporte coletivo em 9,5%, fixando o valor em R$ 3,56, e o pedido das empresas concessionárias do serviço, que pleiteavam acréscimo de 13% - para R$ 3,68.