Tatuador que ficou cego com soda cáustica pede indenização de 1 milhão
Crime foi cometido por Sônia Obelar Gregório, ex-mulher de Leandro. Ela foi presa em junho deste ano no Paraná
A defesa do tatuador Leandro Coelho Marques, de 32 anos, que ficou cego após ser atingido por soda cáustica jogada pela ex-mulher, Sônia Obelar Gregório, em fevereiro do ano passado, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, deu entrada na Justiça com pedido de indenização por danos morais e reparação de danos estéticos no valor de R$ 1,3 milhão.
Conforme a defesa, a autora por covardia e maldade cometeu crime de lesão corporal gravíssima e deixou Leandro cego dos dois olhos. “No dia 22 de fevereiro de 2023, o requerente havia acabado de sair da academia e recebeu uma ligação de sua ex-esposa para conversar amigavelmente, chegando próximo à sua residência, parou na esquina e avistou a requerida, que se aproximou e jogou um líquido ácido no rosto, sendo soda cáustica, o que causou ferimentos graves e posterior cegueira total do autor”.
Segundo a ação, o ataque registrado por câmeras de segurança da rua foi premeditado. O vídeo mostra que Sônia estava de “tocaia, escondida atrás de um poste”. Assista abaixo.
O casal teve um relacionamento de 4 anos e há 4 meses estavam separados, mas Sônia não aceitava a separação. A defesa cita ainda que a vítima não tem mais esperanças para a recuperação total ou parcial da visão. Leandro já passou por cirurgia e internações.
"Não obstante, em detrimento das lesões sofridas, o requerente ainda teve que suportar as consequências desse ato. Sendo seu psicológico abalado, a humilhação de ter que realizar vaquinhas para arrecadação de valores para sua subsistência, pedir ajuda e doações de alimentos", conforme consta em trecho da ação. Leandro era tatuador profissional e tinha renda mensal de R$ 2 mil.
Prisão - Foragida desde fevereiro de 2023, Sônia foi presa em junho deste ano em Curitiba, no Paraná, por força de mandado de prisão. Na ocasião, conforme o delegado Nasser Salmen, desde que a Vara Criminal de Campo Grande expediu o mandado de prisão pelo crime de lesão corporal gravíssima, a inteligência da polícia de Curitiba começou a dar apoio na captura. Desde então, a mulher permanece custodiada na cadeia pública da capital paranaense.
Por telefone, no dia em que a mulher foi presa, Leandro disse à reportagem que estava aliviado com a prisão da ex, mas sofria com as sequelas. "Por mais que a pessoa vai pagar pelo crime, não paga o que fez comigo. Na situação que eu estou aqui, eu sofrerei pelo resto da minha vida e sempre terei uma cicatriz", desabafou.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Sônia e aguarda retorno.
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