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Capital

TJ mantém sentença e condenado por matar ex-namorada é preso

Em fevereiro, Cléberson Proença de Almeida foi sentenciado a 11 anos de prisão, mas permaneceu em liberdade

Ana Paula Chuva | 04/07/2023 14:33
TJ mantém sentença e condenado por matar ex-namorada é preso
Cléberson no durante o julgamento em fevereiro deste ano. (Foto: Bruna Marques)

O pintor Cléberson Proença de Almeida, 38 anos, foi condenado a 11 anos e quatro meses de prisão pela morte de Suelen Cristaldo e pela tentativa de homicídio contra o então namorado da vítima, se apresentou na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e foi preso. Ele teve o mandado do expedido após a sentença ser mantida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Cléberson passou por julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri no dia 3 de fevereiro deste ano. Na ocasião, o juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou que ele permanecesse em liberdade, apesar de o regime de condenação ser o fechado, pois já estava assim desde o júri anterior.

No entanto, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de MS confirmaram a sentença e então o magistrado decretou a prisão de Cléberson. O mandado de sentença definitiva foi expedido no dia 28 de junho com validade até 2039.

Ciente da decisão, o pintor então procurou a delegacia acompanhado pelo advogado Luís Henrique Streicher de Souza, na segunda-feira (3), e o mandado foi cumprido.

TJ mantém sentença e condenado por matar ex-namorada é preso
Suelen morreu na rua, no Bairro Universitário. (Foto/Reprodução)

Crime - Cléberson matou Suelen a tiros por não aceitar o fim do relacionamento e ainda vê-la com outro em uma lanchonete na Rua Pontalina, no Bairro Universitário, em Campo Grande. Ele foi até sua casa para pegar um revólver e retornou ao local, atirando quatro vezes contra o casal. Um dos disparos atingiu Suelen nas costas.

Ela morreu antes da chegada do socorro. O caso era investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, porém, foi encaminhado para a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), que entrou em contato com a polícia de Ponta Grossa no Paraná, que conseguiu prender Cléberson.

Nesses 19 anos após o crime, o acusado fugiu para o Paraná, casou, teve filho, foi preso e solto e retornou a Mato Grosso do Sul para o júri realizado na 2ª Vara do Tribunal, em Campo Grande. Ele chegou a alegar que o tiro que matou a jovem foi acidental. O processo chegou a ser suspenso em 2005 e o acusado foi encontrado apenas 14 anos depois, em Ponta Grossa (PR).

Ele chegou a ficar preso por aproximadamente um ano e meio, sendo liberado para responder o processo em liberdade, inclusive, um primeiro júri chegou a ser marcado, mas a sessão foi cancelada e remarcada para esta sexta-feira.

A defesa de Cléberson tentou a absolvição por insuficiência de provas e por clemência, além de desclassificação do homicídio para crime de lesão corporal seguida de morte. No entanto, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, afastou apenas a qualificadora e condenado o pintor pela morte de Suelen a tentativa de homicídio contra a outra vítima.

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Foto da carteira de trabalho de Suelen que havia sido feita pouco tempo antes do crime. (Foto: Arquivo)


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