Três são denunciados por estuprar menina e espalhar vídeo na escola
Uma mãe procurou, na última sexta-feira (11), a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) para denunciar o estupro de sua filha de 14 anos, na Escola Estadual Teotonio Vilela, em Campo Grande. Os acusados, três adolescentes, ainda teriam filmado o abuso sexual e espalhado o vídeo no colégio por whatsapp.
De acordo com o boletim de ocorrência, a menina foi à unidade de ensino, em período contrário ao escolar, no último dia 9, levar o irmão de 9 anos e participar de ensaio. Na ocasião, uma colega a chamou para conhecer um menino, que a mãe não sabe o nome. Ela levou a adolescente até o pátio, onde está em construção uma biblioteca.
No local, a garota de 14 anos se deparou com três meninos. Um deles falou que ela teria que “ficar” com um. À polícia, a mãe falou que a filha resistiu e foi ameaçada. “Um deles disse que aconteceria algo se ela saísse de lá”, relatou. A menina ficou e foi forçada a fazer sexo oral em um, enquanto outro garoto filmava o abuso.
O vídeo teria sido espalhado por whatsapp e, agora, o irmão da adolescente, de acordo com a mãe, é hostilizado pelos colegas, que viram a gravação. “Chegaram a desenhar um órgão genital masculino na camiseta dele”, contou a mãe no boletim de ocorrência.
Indignada, ela procurou a direção da escola, que apenas teria proposto a transferência da adolescente para “preservar sua imagem”. Ainda de acordo com a mãe, o diretor teria dito que sabe quem cometeu o estupro, mas só se manifestaria às autoridades.
Ela informou ainda que também viu o vídeo. “Fica claro que minha filha não queria fazer aquilo”, afirmou à polícia. A menina não apresentou lesões corporais. A reportagem ligou para a escola diversas vezes, mas ninguém atendeu o telefone.
Na semana passada, outro estupro em escola veio à tona na Capital. Um menino de 10 anos era trancado no banheiro com os três garotos, de 13, 14 e 15 anos. Enquanto o último vigiava a porta, cuidando a aproximação de outras pessoas, o segundo segurava o menor e o de 13 anos enfiava os dedos no ânus dele.