Tribunal de Justiça reduz pena de ex-guarda que matou professora e amigo
A 2ª Câmara Criminal aceitou recuso da Defensoria Pública sobre atenuante por confissão

O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) reduziu a pena do ex-guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, 37 anos. Em 5 de maio, ele foi condenado a 44 anos e quatro meses de prisão pela morte da ex-namorada, a professora Maxelline da Silva dos Santos, de 28 anos; Steferson Batista de Souza, de 32 anos, amigo da professora; e por tentativa de homicídio contra Camila Telis Bispo, 33 anos.
No último dia 19 de agosto, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça acolheu recurso da Defensoria Pública e reduziu a condenação para 41 anos e quatro meses de reclusão no regime fechado. Os desembargadores julgaram cabível a compensação da atenuante da confissão espontânea com a agravante do motivo torpe.
“Diante de dois crimes homicídios qualificados consumados e uma tentativa de homicídio qualificado, diante do concurso material, somadas as penas de cada um dos delitos, resta estabelecido o total de 41 anos e 04 meses de reclusão, no regime fechado”.
Caso - O duplo homicídio aconteceu no Loteamento Nova Serrana, em Campo Grande, no dia 29 de fevereiro de 2020. Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Valtenir, descumprindo medida protetiva, procurou a ex-namorada, que participava de churrasco na casa dos amigos.
Maxelline foi conversar com o ex, mas o diálogo virou discussão e Camila Bispo - amiga da professora - tentou acalmar os ânimos.
Porém, ele empunhou a arma de fogo, Camila saiu correndo, mas mesmo assim foi atingida nas costas. Steferson, marido de Camila, saiu do imóvel para ver o que estava acontecendo e foi morto. Em depoimento, o então guarda municipal disse que ficou “pilhado” quando chegou à casa da amiga da ex-namorada. Antes da prisão, Valtenir ficou foragido por seis dias.