Vacina 'surpresa' faz quem tem 58 anos largar até o almoço para se imunizar
Na fila, que teve demora de cerca de 15 minutos, há gente até de bicicleta esperando a vez
Para muitos, chegou de surpresa o anúncio de abertura da vacinação contra a covid-19 para o público com 58 anos em Campo Grande. O jeito foi correr até as unidades de saúde e pontos de drive-thru onde é realizado o serviço nesta sexta-feira (28).
Em dois dos principais locais para a vacinação, o drive do Parque Ayrton Senna e o Ginásio Guanandizão, o movimento no começo de tarde foi tranquilo, sem grandes filas e com tempo de espera de 15 minutos em média.
"Fiquei sabendo meio-dia. Estava fazendo o almoço e nem consegui comer. Larguei tudo e viemos do jeito que dava. Estou muito feliz por finalmente conseguir vacinar", conta Zenilde Batista, de 58 anos, que foi de carro junto à filha ao Ayrton Senna.
A filha de Zenilde é Débora, de 29 anos, revela acreditar que ainda vai demorar para chegar sua vez na vacinação. "Mas a abertura por idade [da imunização] já é algo que dá esperança, porquê com a idade vai bem mais rápido", frisa.
Também com 58 anos, Alcy Soares foi de bicicleta para o drive e, em cima de sua fiel escudeira, aguardou ao lado dos carros e motocicletas sua vez de vacinar no Ayrton Senna. "Antes fui em um posto ver se podia vacinar. Por sorte falaram que sim e logo vim aqui. Agora é só esperar a segunda dose".
No mesmo local, Helmo Stabile também largou tudo o que estava fazendo e foi garantir a sua primeira dose de Astrazeneca e se proteger da covid-19. "Estava mexendo em uma obra quando me avisaram que já podia vacinar", conta o microempreendor.
Segundo ele, foram 15 minutos de espera apenas. "Resolvi vir o mais rápido que pude pois a gente precisa garantir e não pode perder essas chances", diz o paciente, que assim como os demais, tem 58 anos - porém, ele foi de moto ao local.
Guanandizão - No ginásio Guanandizão, assim como no Ayrton Senna, o movimento também é tranquilo e a velocidade na vacinação surpreendeu quem ali foi e esperava enfrentar longas filas, como é o caso do serigrafista Paulo Pereira, de 59 anos.
"Foi muito rápido. Cheguei, deixei minha moto ali fora e em mais ou menos 15 minutos já estava tudo certo. Agora estou mais tranquilo e ansioso para a segunda dose", revela o paciente, na mesma situação de Celina dos Santos, de 58 anos.
Celina frisa ter ficado até emocionada. "Essa doença tem sido difícil para todo mundo. Graças a Deus agora estamos indo para frente e só precisamos esperar que a vacinação continue e logo mais pessoas sejam imunizadas", encerra.