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Capital

Vereador da Capital é acusado de estuprar menino de 13 anos

Crime ocorreu no dia 12 de novembro de 2017, conforme denunciado pela família do menino

Kerolyn Araújo, Liniker Ribeiro, Silvia Frias e Anahi Zurutuza | 22/01/2019 14:06
Eduardo Romero durante sessão da Câmara de Campo Grande (Foto: CMCG/Divulgação)
Eduardo Romero durante sessão da Câmara de Campo Grande (Foto: CMCG/Divulgação)

O vereador de Campo Grande, Eduardo Romero (Rede), é suspeito de abusar de um menino de 13 anos. O crime teria ocorrido em novembro de 2017, conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela família do garoto.

À polícia, a mãe da vítima relatou que notou que o filho estava com comportamento estranho e no dia 17 de novembro perguntou o que havia acontecido. O adolescente, então, relatou que no dia 12 de novembro foi até a casa do vereador acompanhado de um tio que trabalhava na reforma da casa do vereador.

No local, enquanto estava sozinho “passando fios” na laje da residência, o adolescente teria sido abordado por Eduardo e levado para um quarto. No cômodo, o vereador teria perguntado se poderia pegar no pênis do menino, mas teve o pedido negado.

Mesmo assim, o suspeito teria pegado a mão da vítima e colocado no próprio órgão. Ele também teria feito sexo oral no adolescente e obrigado o menino a fazer o mesmo. Ainda conforme o registro policial, o vereador teria convidado o menino para retornar à residência no período noturno.

Após o menino relatar o caso à família, os pais da vítima procuraram o vereador, que negou as acusações. Quinze minutos após deixar a casa onde houve a conversa, Eduardo teria mandado uma mensagem chamando a família da vítima para conversar novamente.

Os pais do adolescente foram até a casa de Eduardo, onde o vereador teria assumido o crime. Segundo a denúncia, ele disse que agiu sob efeito de drogas.

O caso foi registrado na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) como estupro de vulnerável.

A investigação já foi concluída de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, que era titular da Depca na época. Ele disse que não tinha detalhes sobre o que foi apurado.

Segundo apurou o Campo Grande News, a primeira audiência do caso será realizada no dia 5 de fevereiro na 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande.

Romero é um dos poucos citados na Operação Coffee Break - que investigou esquema de propina para vereadores no processo de cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) - reeleito. Ele é vereador desde 2012. Ele foi eleito pelo PT do B e em 2015 filiou-se à Rede Sustentabilidade e foi reeleito vereador em 2016. 

Outro lado - A reportagem tentou contato com o vereador Eduardo Romero por telefone. Ele não atendeu às várias ligações e um recado foi deixado na caixa postal.

Campo Grande News também apurou que o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa defende o parlamentar neste processo. Ele atendeu o telefone, disse que estava em uma audiência, adiantou que o processo corre em sigilo, mas prometeu conversar com a reportagem mais tarde.

No gabinete de Romero, funcionários disseram que foram pegos de surpresa com a informação. Um deles, que se identificou como assessor, disse que também tenta contato com o vereador.

Embora a Câmara esteja em recesso, segundo assessor, Romero esteve no gabinete na manhã desta terça-feira (22), saiu para almoçar e participaria de reuniões na Prefeitura de Campo Grande no período da tarde.

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