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Cidades

CCR inicia obras na BR-163 com limpeza e retirada de mato às margens

Aline dos Santos | 14/04/2014 10:51
Faxina às margens de rodovia começou nesta segunda-feira. (Foto: Marcelo Victor)
Faxina às margens de rodovia começou nesta segunda-feira. (Foto: Marcelo Victor)

Começou nesta segunda-feira, no marco quilométrico 468, próximo às Moreninhas, em Campo Grande, a obra da CCR (Companhia de Participações em Concessões) na rodovia 163. Uma equipe roçava o mato às margens da rodovia.

Com uma máquina de ar que sopra a grama cortada para fora da via, evitando que a BR fique suja, João Anderson Alves, de 40 anos, conta que foi contratado pela concessionária em Bandeirantes, a 70 km da Capital.

A faxina no entorno da 163 é o primeiro passo para uma grande intervenção: duplicar os 847,2 km da rodovia, entre Mundo Novo e Sonora. Além de duplicar a BR, que leva a alcunha de Rodovia da Morte, a CCR vai investir R$ 333,3 milhões apenas na realização de melhorias.

O investimento total em 30 anos, prazo da concessão, será de R$ 6 bilhões. A CCR vai começar as atividades com a duplicação simultânea de oito pontos da rodovia.

A um quilômetro do ponto onde começou a ação da concessionária, Wellington Xavier, de 32 anos, reclama da herança deixada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Funcionário da Cootrapan, cooperativa de transporte, ele conta que foi preciso gastar R$ 3 mil para fazer a correção do desnível no asfalto.

“O risco era que os caminhões tombassem”, relata. Ainda segundo ele, o pavimento asfáltico logo esfarelou. “Mas falaram que com a privatização já não podiam fazer mais nada”, diz.

Na saída para Cuiabá, a expectativa é pela chegada das obras. “Não vi nada ainda nesse pedacinho”, afirma Gil Giacomazzi, de 33 anos, gerente do posto Arara Azul. Morador em Ponta Porã, Vergílio Carnavale, de 80 anos, conta que sempre passa pela BR-163. “É perigosa sim”, diz, sobre os riscos da via.

No primeiro ano da cobrança, a estimativa é de que 68,9 mil automóveis, ônibus e caminhões paguem pedágio por dia na BR-163. A CCR precisará disponibilizar 17 bases de equipes especializadas no atendimento pré-hospitalar, desobstrução de pistas, reboque mecânico, apoio e informação.

Estão previstos 35 médicos de plantão 24 horas, 17 ambulâncias de resgate, sendo cinco UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), 25 guinchos, 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço.

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