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Cidades

Comissão Interamericana de Direitos Humanos está no Brasil e visita MS

A demarcação de terras indígenas e os conflitos entre fazendeiros e índios na disputa por território devem estar incluídas nas discussões em MS

Adriano Fernandes | 05/11/2018 21:26
A presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Margarette May Macaulay. (Foto: Governo da Guatemala/AgênciaBrasilDireitos reservados)
A presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Margarette May Macaulay. (Foto: Governo da Guatemala/AgênciaBrasilDireitos reservados)

Delegação da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), da OEA (Organização dos Estados Americanos) visita o Brasil de hoje (5) até o próximo dia 12, para observar áreas urbanas e rurais em oito estados, incluindo Mato Grosso do Sul.

Antes das visitas a campo o grupo tem uma série de reuniões, em Brasília, com autoridades de vários setores. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, recebe os integrantes da comissão no Itamaraty.

Há ainda conversas com especialistas na Procuradoria-Geral da República, Defensoria Pública da União, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e Supremo Tribunal Federal. O último compromisso será no Conselho Nacional dos Direitos Humanos.

Até o próximo domingo, os representantes da comissão irão ainda a Minas Gerais, ao Maranhão, a Roraima, ao Pará, a Mato Grosso do Sul, à Bahia, a São Paulo e ao Rio de Janeiro.

O Campo Grande News tentou contato com o Ministério das Relações Exteriores para tentar saber qual a cidade destino da delegação no Estado, mas não obteve retorno. Eles vão se reunir com integrantes de entidades de defesa dos direitos humanos e também dos governos federal, estadual e municipal.

Integrantes

A delegação é chefiada pela presidente da comissão, Margarette May Macaulay. Também fazem parte do grupo a primeira vice-presidente, Esmeralda Arosemena de Troitiño, o segundo vice-presidente, Luis Ernesto Vargas Silva, os comissários Francisco José Eguiguren Praeli, Joel Hernández García e Antonia Urrejola Noguera, relatora para o Brasil.

No grupo estão ainda a chefe de gabinete da comissão, Marisol Blanchard, a secretária executiva adjunta, María Claudia Pulido, o relator especial para a Liberdade de Expressão, Edison Lanza, a relatora especial para os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, Soledad García Muñoz, além de especialistas da Secretaria Executiva da CIDH.

Missão

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos acompanha e analisa todos os temas relacionados à área nos 35 países-membros. Venezuela, Nicarágua e Brasil mereceram nos últimos meses atenção especial do grupo.

Os temas que têm sido mais mencionados são a fuga de imigrantes oriundos da Venezuela, as dificuldades pelas quais passam e a tensão política e social na Nicarágua em decorrência dos conflitos contínuos provocados por manifestações contrárias ao governo do presidente Daniel Ortega.

No caso do Brasil, os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes em março deste ano, ainda sem solução foram mencionados em várias ocasiões. Em agosto, a comissão recomendou a adoção de medidas protetivas à família de Marielle e à viúva dela, Mônica Benício.

Na semana passada, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que, seguindo orientação da Procuradoria-Geral da República, o caso Marielle e Anderson passará a ser investigado pela Polícia Federal. A iniciativa gerou reações entre delegados da Polícia Civil, responsáveis atuais pela investigação.

Com informações da Agência Brasil***

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