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Cidades

Dois alvos de operação contra golpe milionário estão foragidos, diz delegado

Terceira fase da força-tarefa mira o núcleo de Olodoaldo Arruda de Souza, responsável por operação de crédito que leva o seu nome

Anahi Zurutuza e Bruna Kaspary | 05/09/2018 10:23
Adriana Viana, um dos alvos da operação, na sede da PF em Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)
Adriana Viana, um dos alvos da operação, na sede da PF em Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)

Dois alvos da Polícia Federal na 3ª fase da Operação Ouro de Ofir estão foragidos. O delegado Cleo Mazzotti, superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, afirmou ainda que dois dos quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos e uma pessoa foi presa em flagrante na manhã desta quarta-feira (5).

O Campo Grande News já havia divulgado que esta etapa mira o núcleo de Olodoaldo Arruda de Souza, responsável por operação de crédito que leva o seu nome.

Além de Olodoaldo, Adriana Aguiar Viana também foi presa preventivamente e um jovem de 22 anos, que estava numa casa do bairro Vilas Boas onde foram feitas buscas, foi preso em flagrante com duas armas e munições.

Além da casa no Vilas Boas, um equipe esteve em residência que fica no Residencial Catalunha 3, próximo à avenida Três Barras. Adriana, que foi presa, é moradora do local.

A PF também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão.

Equipe da PF na casa de Adriana, no residencial Catalunha 3, na Capital (Foto: Direto das Ruas)
Equipe da PF na casa de Adriana, no residencial Catalunha 3, na Capital (Foto: Direto das Ruas)
Delegado Cleo Mazzotti durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegado Cleo Mazzotti durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)

Ouro de Ofir - A operação investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento.

O golpe mantém as vítimas em constante erro. Elas acreditam que, a cada semana, os valores inexistentes serão repassados. A entrega sempre acaba suspensa em razão de “fatores externos”.

Na primeira etapa da operação, deflagrada em 21 de novembro de 217, a polícia apontou a existência de ao menos 25 mil vítimas. Com o prosseguimento das investigações, a PF calculou que são 60 mil vítimas em golpes similares ao da SAP e Au Metal.

Também foram presos pela Ouro de Ofir Sidinei dos Anjos Peró, que liderava a operação SAP, Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo.

Os presos de hoje haviam “assumido” o golpe, segundo a PF. Para convencer as vítimas, eles desqualificavam a investigação.

“Quem não conhece investimentos, tem de saber que conseguir um investimento com rentabilidade de mais de 1% já é difícil, que dirá investimentos de 1 mil a 1 milhão por cento. Este tipo de situação não existe”, alerta o delegado.

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