Dono da boate trancou esposa para matar e queimar garota de programa
O dono da Boate Paraíso, no Jardim Colúmbia, Fernando Augusto dos Reis Guimarães, 24 anos, trancou a esposa no quarto por aproximadamente duas horas para executar o assassinato. Confiante de que o crime ficaria impune, ele colaborou com a Polícia, atendia a todas as ligações e até prestou quatro depoimentos, segundo o delegado da 3ª Delegacia de Polícia, Fábio Sampaio.
Porém, com evidências da sua participação, Fernando confessou o assassinato da garota de programa Viviane Rodrigues de Matos, 31 anos, ocorrido no dia 6 de setembro deste ano. Ele e José Carlos da Silva, o Beto, 26 anos, estão presos e tiveram o pedido de prisão preventiva solicitada pela Justiça.
Conforme Sampaio, o dono da Boate, na noite do crime, trancou a esposa dentro do quarto às 3h10, e contou que ia para uma festa. Ele ficou até às 5h30, quando retornou e liberou a mulher.
Neste período, conforme a Polícia, Fernando e Beto pegaram Viviane para dar uma surra, porque ela desobedeceu as ordens dele, dançou e acabou quebrando duas garrafas de champanhe. Eles entraram no quarto da jovem e deram uma porretada na cabeça dela, que ficou desacordada e foi colocada no porta malas do Corsa, cor branca.

A primeira pista para a polícia chegar aos autores do crime foram os rastros de sangue dentro da boate. A segunda foi o veículo, que foi vendido por Fernando logo após o crime. Segundo Sampaio, é possível ver a "olho nu" restos de sangue no carro. "Outra motivação é que a esposa do Fernando comentou que foi ameaçada para não contar a ninguém desse período que ficou trancada", diz o delegado Sampaio.
No caminho para desovar o corpo, eles passaram num posto de combustível e compraram gasolina. Para garantir a morte de Viviane, eles degolaram o seu pescoço e atearam fogo. O corpo ficou queimando das 4h30 até às 6h30, quando foi localizado na rua da região da Chácara dos Poderes, na saída para Três Lagoas.
Impune – Fernando estava certo de que o assassinato da garota de programa ficaria impune. Tão convicto de que não seria descoberto, ele passou a colaborar com os policiais. Permitiu acesso irrestrito à boate, atendia todas as ligações e ainda prestou quatro depoimentos na 3ª DP.
Quando o delegado apresentou as evidências, Fernando afirmou: “pensava que vocês não iam esclarecer nunca este crime, por isso não falei a verdade”. Ele acabou confessando o crime e a causa do assassinato. “Foi um crime brutal”, espantou-se o delegado.
A bolsa de Viviane e a faca usada no crime também foram encontrados.