Durante júri, mãe de Eliza Samudio afirma que não perdoa Bruno
A Mãe de Eliza Samúdio, Sônia Fátima de Moura, disse em depoimento durante o júri do caso, nesta quarta-feira (21), que “não perdoaria” o goleiro Bruno Fernandes, acusado da morte da filha. Sônia depôs aproximadamente até 12h30 no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, chorando muito.
Sônia afirmou que Eliza jamais abandonaria o filho, Bruninho. “Eliza sempre falava para mim em relação a um filho. Ela disse para mim que mataria e morreria pelo filho dele, mas que ela jamais deixaria o filho para trás”.
A mãe disse sustentar Bruninho com a ajuda do marido e de familiares, porque está há dois anos e nove meses sem trabalho. “Sempre houve resistência do Bruno em reconhecer a paternidade da criança”, afirmou ela ao promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, ao ser questionada sobre decisão da justiça que declarou Bruno o pai da criança.
Ela relatou que não teve contato telefônico com a filha, que é ex-amante do goleiro, por oito meses, e que soube de notícias de Eliza por meio das redes sociais na internet.
“Todas as amizades dela eram duradouras, ela era muito querida”, destaca a mãe, após chorar. “Eliza era muita calma, não era explosiva”, ressaltou.
Sônia revelou que não teve conhecimento da relação entre Eliza e Bruno nem da gravidez, em 2010. Ela confirmou as declarações que havia dado antes à Polícia, sobre uma fuga da filha de casa, no passado.
Júri adiado – O julgamento do goleiro Bruno foi desmembrado e adiado para 4 de março de 2013, segundo decisão da juíza Marixa Fabiane, anunciada nesta quarta-feira (21). O goleiro foi retirado do plenário para ser levado novamente para a penitenciária Nelson Hungria. O júri continua para dois outros réus no processo de cárcere privado e morte de Eliza: Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.
Inicialmente, a juíza havia anunciado que o novo júri ocorreria em janeiro. Mas, ela afirmou, depois, que há dificuldade para conseguir jurados para compor o Conselho de Sentença neste mês, e que fevereiro tem poucos dias, em razão do Carnaval.
O adiamento foi concedido pela juíza a pedido da defesa de Bruno. O advogado Francisco Simim, que defendia o goleiro, apresentou um documento transferindo seus poderes a outro defensor, Lúcio Adolfo. Chamado de substabelecimento sem reserva de poderes, o documento pediu a substituição de Simim por Adolfo, que alegou não conhecer o processo para pedir o adiamento. (Com informações do site G1, em Contagem MG)