Em dia de folga, 6º PRF é preso por envolvimento com "narcocigarreiros"
Ele é o sexto policial rodoviário federal preso na Operação Nepsis, deflagrada em Mato Grosso do Sul e mais cinco estados
Mais um policial rodoviário federal envolvido em esquema de contrabando foi preso na tarde de ontem (22) em Campinas (SP). Conforme divulgado pela PRF, até o momento ele é o sexto policial rodoviário federal preso na Operação Nepsis, deflagrada em Mato Grosso do Sul e mais cinco estados.
O policial – que não teve o nome divulgado – estava de folga no momento da prisão. Ele será transferido para a superintendência da PF em São Paulo e ainda não há previsão de quando deve ser trazido a Mato Grosso do Sul.
Já os outros cinco policiais presos foram levados para Dourados e na sequência transferidos para Campo Grande. Além disso, ainda não há previsão de conversão em prisão preventiva para o caso.
Além dos policiais rodoviários federais, foram presos dois policiais civis e 20 contrabandistas e quatro policiais militares por envolvimento no esquema comparado pela polícia ao de grandes narcotraficantes. Também foram cumpridos 29 mandados, apreendidos R$ 250 mil em dinheiro e vários bens como carros de luxo, lanchas, jet ski e mercadorias contrabandeadas.
Os mandados contra os "narcocigarreiros" foram cumpridos em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas, nas cidades de Dourados, Amambai, Iguatemi, Bataguassu, Mundo Novo, Eldorado, Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Presidente Epitácio (SP).
Conforme a investigação, o esquema em mercadorias contrabandeadas já causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos. Estima-se que, no ano passado, segundo a PF, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
O chefão da quadrilha de contrabando de cigarro, Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, foi preso neste sábado, horas antes de se casar em um “festão” que reuniria entre os convidados dois sócios do esquema criminoso, também presos. A festança ocorreria no Jatiúca Hotel Resort, em Maceió, lugar com diária de mais de R$ 600 e conhecido com um dos dez melhores resorts de Alagoas.
O nome da operação faz referência a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena.