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Cidades

Entidades entregam documento ao MPF e pedem providências para questão indígena

Mariana Rodrigues | 31/08/2015 17:49
mais de 40 entidades estiveram no MPF-MS para entregar documento. (Foto: Mariana Rodrigues)
mais de 40 entidades estiveram no MPF-MS para entregar documento. (Foto: Mariana Rodrigues)

Mais de 40 entidades se reuniram hoje (31) na sede do Ministério Público Federal de Campo Grande para protocolar um documento pedindo que sejam tomadas providências quanto a morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, em Antônio João- distante a 279 km de Campo Grande.

Conforme o documento, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso já havia sido informado da situação por meio de um ofício que alertava que Mato Grosso do Sul se encontra em "quadro mais grave de violações de direitos humanos dos povos indígenas no Brasil" e das responsabilidades do ministro quanto a demarcações das terras indígenas e a segurança pública.

O documento foi entregue ao procurador Emerson Kalif Siqueira, pelo CDDH (Comissão de Defesa dos Direitos Humanos), e será encaminhado para a procuradoria da república em Ponta Porã. Edivaldo Bispo Cardoso, coordenador geral do CDDH, comentou que a reunião foi produtiva e que milhares de movimentos sensíveis à luta humana.

Segundo o presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), Genilson Duarte, todas as entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis que estiveram hoje no MPF, cobram apoio aos índios e exigem providências sobre a morte no município no último sábado (29).

"A Polícia dá proteção aos fazendeiros, mas não dão a mesma proteção para os índios e para aqueles que querem ajudá-los. Nós estamos apoiando essa luta e somos solidários à causa indígena", afirma.

O deputado federal Zeca do PT comentou que a responsabilidade da ocupação de terras é do Governo Federal e a solução seria comprar as terras de conflito indenizando a terra e benfeitoria para aqueles que tem título de boa fé. "Essas pessoas compraram essas terras, seja do governo federal ou estadual, então precisam der indenizadas, como o governo federal não toma iniciativa expõe esse conflito e quem paga o pato são os índios", comentou.

Estiveram presentes também representantes do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), MST (Movimento Sem-Terra) e entidades estudantis.

Situação - Há dez dias índios ocupam fazendas em Antônio João, após conflitos o clima voltou a ficar tenso após a morte de um índio. A líder indígena Inaye Gomes Lopes, 27, afirma que eles esperam o resultado da perícia para enterrar o corpo. A Força Nacional continua atuando na área.

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