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Cidades

Fumacê ‘não é salvação’, alerta secretário sobre risco de dengue

Apesar do baixo número de casos na Capital neste ano, os meses que mais preocupam são dezembro e janeiro

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 23/11/2017 09:46
Novos kits para o combate a dengue que foram apresentados em evento (Foto: Marcos Ermínio)
Novos kits para o combate a dengue que foram apresentados em evento (Foto: Marcos Ermínio)

O período crítico da dengue ainda está por vir e o fumacê “não é a salvação”, afirmou o secretário municipal de Saúde Pública, Marcelo Vilela, ao chegar para o lançamento do Plano Estadual de Contingência ao Aedes aegypti 2017 / 2018, do Governo do Estado. O secretário completou dizendo apesar do baixo número de casos em Campo Grande neste ano, os meses que mais preocupam são dezembro e janeiro.

“Tivemos bastante chuva de setembro a outubro e consequentemente, um aumento nos casos de dengue, mas nada alarmante. Novembro, dezembro e janeiro é o período mais crítico”, comentou Vilela.

O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) afirmou ainda que a prefeitura prepara uma ação com entidades e empresas parceiras para tirar grandes volumes de lixo dos bairros da cidade. Ele não deu muitos detalhes.

O secretário não deixou da fazer o alerta para que a população cuide do próprio quintal, explicando que conforme estudos feitos pela secretaria, 80% dos criadouros do mosquito que transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya são encontrados dentro das residências da Capital. “Falta a população se conscientizar em relação ao cuidado com o lixo dentro da sua casa. E isso não só na periferia, mas em toda a cidade”.

Marcelo Vilela disse que o fumacê – borrifação de inseticida contra o mosquito pelos bairros – já está sendo feito e garantiu que o trabalho não vai parar durante todo o verão. “Mas o fumacê não é salvação. Se fosse, a gente passava com um avião pela cidade toda”.

Dengue na Capital - Mais da metade dos bairros de Campo Grande vistoriados por técnicos da Sesau são considerados área de risco para infestação do mosquito da dengue. De 88 inspecionados, 53 estão acima do índice considerado satisfatório - índice de 1% no LIRAa (Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti) e três já têm percentual acima de 3,9%, a classificação mais grave. 

Apesar do alerta em relação aos focos do mosquito, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da secretaria, de janeiro a outubro, 1.932 pessoas tiveram dengue, número que não é dos piores perto de outras epidemias como as de 2010 e de 2013. 

Matéria alterada para acréscimo de informações às 10h37.

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