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Cidades

Governo pede trégua, mas reunião com caminhoneiros termina sem acordo

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para amanhã.

Yara Aquino e Marcelo Brandão, da Agência Brasil | 23/05/2018 17:09
Caminhoneiros estão em protesto nas rodovias desde segunda-feira. (Foto: Paulo Francis)
Caminhoneiros estão em protesto nas rodovias desde segunda-feira. (Foto: Paulo Francis)

Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião de hoje (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria, que já dura três dias. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para amanhã (24).

Em evento ocorrido na tarde de hoje, também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação. “Pedi que na reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo, pudéssemos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, disse.

Temer frisou que o governo tem trabalhado desde o início da semana para encontrar uma solução para os caminhoneiros. “Desde domingo estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade, não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros”.

A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos caminhoneiros. “Não houve nenhuma proposta efetiva que possamos levar para a categoria. A proposta deles foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã às 14h”, disse o presidente da CNTA. Segundo ele, a categoria não vai desmobilizar a paralisação antes de ter um compromisso real de soluções para as demandas apresentadas.

Diumar Bueno disse que as entidades representantes dos caminhoneiros alertaram o governo sobre a possibilidade de paralisação, mas não tiveram respostas. “O governo foi previamente avisado e não tomou nenhuma providência, não chamou ninguém da categoria para conversar e tentar estabelecer alguma coisa para que o movimento não acontecesse”.

As principais reivindicações dos caminhoneiros são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.

Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),Valter Casimiro Silveira (Transportes), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues. Do lado dos caminhoneiros, estiveram presentes representantes de dez entidades. O encontro também teve a participação de deputados federais.

A paralisação, que completa três dias hoje, já provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos. Também há relatos de reflexos na aviação civil.

 

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