“Laranjas” do tráfico presos em MS serão levados para Londrina
Homem preso em Dourados foi levado para sede da PF na Capital, onde filho dele também está preso; os dois são acusados de lavarem dinheiro para narcotraficante através de lavouras e criação de gado
Pedro Araújo Mendes Lima e o filho dele, Hamilton Brandão Lima, presos na manhã de hoje (15) em Mato Grosso do Sul durante a Operação Efeito Dominó, da Polícia Federal, serão levados na madrugada desta quarta-feira, de avião, para Londrina, no interior paranaense.
Os dois são acusados de serem “laranjas” do narcotraficante Luiz Carlos Rocha, o “Cabeça Branca”, que está preso há dez meses após passar três décadas foragido da justiça brasileira. Segundo a PF, pai e filho fazem lavagem de dinheiro para Cabeça Branca através de lavouras soja e criação gado.
Logo após ser preso em uma casa perto do antigo Tênis Clube, região norte de Dourados, Pedro foi transferido de carro para a sede da PF em Campo Grande, onde Hamilton Lima já estava recolhido, após ser detido condomínio Setvillage, na Vila Nasser, na Capital.
Pedro teve a prisão temporária decretada e pode ficar de cinco a dez dias preso. Hamilton foi preso por força de mandado de prisão preventiva, sem prazo definido para soltura.
O Campo Grande News apurou que Pedro Araújo Mendes Lima é proprietário de uma empresa de vendas de máquinas agrícolas em Guarantã do Norte, no Mato Grosso. Ele e o filho moravam no MT antes de se mudarem para MS, após a prisão de Cabeça Branca.
Em entrevista coletiva hoje manhã em Curitiba (PR), o delegado que coordena as investigações, Roberto Biasoli, disse que pai e filho formam um dos dois núcleos de lavagem do dinheiro que “Cabeça Branca” obtém vendendo cocaína para as facções criminosas brasileiras. O outro núcleo era operado pelos três doleiros, também presos nesta terça-feira.
Com dinheiro fornecido pelo narcotraficante, Pedro e Hamilton plantam lavouras e criam gado em Mato Grosso do Sul. Hamilton é acusado de manter estreita ligação com Cabeça Branca, sendo uma das poucas pessoas do esquema a ter contato direto com o narcotraficante. Foi através dele que seu pai também entrou no esquema, servindo de “laranja”, segundo a PF.