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Interior

Adolescente é suspeito de matar irmão de 2 anos

Ele estava desaparecido e suspeita era de sequestro, mas caso foi esclarecido nesta manhã

Helio de Freitas, de Dourados | 02/09/2021 08:35
Bicicleta usada pelo adolescente para fugir, foi apreendida. (Foto: Direto das Ruas)
Bicicleta usada pelo adolescente para fugir, foi apreendida. (Foto: Direto das Ruas)

O menino de 2 anos, encontrado morto pela mãe, no final da tarde de ontem (1º), na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi vítima do próprio irmão, de 14 anos. Ele não foi sequestrado pelos criminosos, como se suspeitava no início, mas fugiu de casa depois de matar o irmão asfixiado e foi detido na manhã desta quinta-feira (2).

A morte ocorreu na residência da família em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. O adolescente cuidava do irmão pequeno, enquanto a mãe estava trabalhando.

O corpo de Miguel foi encontrado na cama, coberto com lençol branco. Ao lado, havia bilhete escrito em folha de caderno com as frases “eu sinto muito, seu filho viu o que não deveria ver" e “temos o outro filho mais velho”.

Na manhã de hoje, a promotora de Justiça Reinalda Palacios, já tinha informado à imprensa paraguaia que a criança havia sido morta pelo próprio irmão. Segundo ela, ficou comprovado que o bilhete foi escrito pelo adolescente.

Imagens de câmeras mostraram o garoto de 14 anos alugando uma bicicleta depois de sair de casa durante a tarde. A bicicleta foi encontrada com ele hoje cedo. A principal suspeita até agora, é que ele tenha matado o irmãozinho acidentalmente. Depois escreveu o bilhete para enganar a polícia e a mãe e fugiu.

A promotora Reinalda Palacios afirma que a suspeita contra o irmão se reforçou, após os cadernos do adolescente serem apreendidos para comparar a caligrafia. A letra do bilhete é exatamente igual ao trabalho escolar.

O adolescente foi levado para a sede da Polícia Nacional no Bairro Jardim Aurora. Ainda não há informações sobre o local onde ele foi detido.

“A criança não tem lesão por enforcamento ou estrangulamento, é sufocação que pode ser compressão [...]. Tinha asfixia, um travesseiro, um plástico, algo assim que obstrui as vias aéreas”, explicou ontem, o médico legista Marcos Prieto.

Ontem, ao encontrar o corpo do filho, a mulher chegou a levar a criança ao Hospital Regional, mas Miguel já estava morto. Ela entrou em estado de choque e precisou ser hospitalizada.

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