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Interior

Agência antidrogas elimina acampamentos e roças de maconha na fronteira

Droga estava sendo cultivada em área de mata em Zanja Pytã, ao lado de MS

Helio de Freitas, de Dourados | 07/02/2023 14:43
Agentes da Senad cortam pés de maconha em roça perto de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)
Agentes da Senad cortam pés de maconha em roça perto de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)

Roças de maconha cultivadas bem perto do território sul-mato-grossense foram descobertas nesta terça-feira (7) por agentes de campo da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai.

Pelo menos dois hectares estavam ocupados com pés da erva em área de mata em Zanja Pytã, povoado de 13 mil habitantes localizado ao lado de Sanga Puitã, distrito que faz parte do município de Ponta Porã.

Acompanhadas pelo promotor de Justiça Celso Morales, equipes do Departamento Regional da Senad em Pedro Juan Caballero (capital do departamento de Amambay) chegaram a três acampamentos mantidos pelos narcotraficantes para processamento da droga.

As roças descobertas hoje tinham potencial para produção de seis toneladas da maconha pronta para o consumo. Levando em conta o preço da droga no mercado brasileiro, a Senad estimou em 1,5 milhão de dólares o prejuízo ao narcotráfico. Ninguém foi preso.

Há duas décadas o Paraguai faz ações contra produtores de maconha na fronteira com Mato Grosso do Sul, mas o trabalho é igual secar gelo. Quanto mais as autoridades paraguaias investem contra as roças da droga, mais carregamentos são interceptados em território brasileiro.

O governo paraguaio não consegue garantir meios de sustento mínimo para os trabalhadores rurais da fronteira. Sem emprego, centenas deles são recrutados pelos traficantes, muitas vezes para trabalhar em troca de comida.

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