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Interior

Agepen afasta dois servidores em investigação sobre fuga de preso famoso

Chefe de segurança e chefe da equipe no dia da fuga de Luccas Abagge foram para outras unidades

Helio de Freitas, de Dourados | 24/09/2022 10:51
Corda artesanal usada por Luccas Abagge para fugir da PED, no dia 3 deste mês (Foto: Arquivo)
Corda artesanal usada por Luccas Abagge para fugir da PED, no dia 3 deste mês (Foto: Arquivo)

Dois servidores com cargos de chefia foram afastados da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e designados para outras funções no sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul. A medida foi adotada por recomendação da Corregedoria da Agepen, que investiga suposta facilitação na fuga de Luccas Abagge, 32, ocorrida no dia 3 deste mês.

Usando uma corda artesanal feita com pedaços de pano, Abagge conseguiu pular a muralha do presídio depois de cortar a grade da cela e dois alambrados em local com pouca iluminação e perto da torre 1, que estava sem vigilância naquela madrugada. Ele foi morto uma semana depois por policiais civis em Fátima do Sul.

Lucas Abagge após primeira prisão em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação)
Lucas Abagge após primeira prisão em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação)

Nesta semana, o chefe de segurança da penitenciária Lázaro Souza de Carvalho Neto foi remanejado para o “patronato penitenciário”, unidade de assistência a presos dos regimes abertos e semiabertos e em liberdade condicional. Já o chefe de equipe do dia Everson Pereira de Carvalho foi transferido para o presídio semiaberto masculino.

Ao Campo Grande News, a Agepen confirmou que os servidores foram afastados da PED por orientação da Corregedoria, “para fins de apuração da fuga, de forma preventiva para não atrapalhar as investigações”.

Condenado a pelo menos cem anos de prisão por crimes no Paraná, Lucas Bagge foi recapturado em junho deste ano em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Autuado por uso de documento falso, ele ficou inicialmente na Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, e depois transferido para a PED.

Luccas carregava o sobrenome ligado à morte do menino Evandro Caetano, 6, que abalou o Brasil nos anos 90. A mãe e a avó de Luccas foram acusadas de matar a criança em Guaratuba, supostamente em sessão de magia negra.

Recentemente, o governo do Paraná pediu perdão às acusadas após ficar comprovado que elas foram torturadas para confessar o crime. A história virou documentário do Globo Play.

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