Além de coleção de uísque, mansão do tráfico tinha joias e arma no banheiro
Operação da PF nesta manhã apreendeu R$ 67,3 mil, além de carros de luxo em Corumbá
Do lado de vaso sanitário preto, um esconderijo, onde eram guardados joias, dinheiro e arma. Essa foi uma das cenas da operação “Mamon”, deflagrada nesta quinta-feira (29) pela PF (Polícia Federal) em Corumbá, contra grupo criminoso investigado por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Vídeo obtido pelo Campo Grande News mostra o momento no qual o compartimento no banheiro é vasculhado pelo policial federal.
O cômodo fica em mansão localizada no Cravo Vermelho, bairro periférico de Corumbá, cidade fronteiriça à Bolívia. Foi um dos locais onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão da investigação feita em três estados, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Conforme apurado, a casa, que destoa do entorno simples, pertence ao vereador Alex Prado Della (Republicanos), embora a declaração dele à Justiça Eleitoral não tenha bens informados. Também é dono do imóvel, segundo levantado, Ale Tahir Della, preso em 2006 no aeroporto de Campo Grande, por tráfico de 85 quilos de cocaína.
O vereador não foi localizado, nem o pai dele. A assessoria de imprensa de Alex Prado negou que ele tenha relação com a operação da PF. A corporação não divulgou nomes.
As ordens de busca e apreensão foram determinadas pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. Também envolveram conveniência do vereador na cidade e revendedora de veículos.
Segundo as informações tornadas públicas, foram apreendidos R$ 67,3 mil em dinheiro, além de 10 carros e duas armas. Uma delas é mostrada no vídeo. (Confira abaixo).
No imóvel, havia um balcão lotado de garras de uísque importados. Também foram encontrados relógios de marcas caras.
Os carros impressionam. Entre os 10 veículos apreendidos, há um Porsche, um Mustang, quatro veículos da montadora Audi, além de camionetes.
Valor – A operação, segundo divulgado, foi para sequestrar quatro imóveis e 61 veículos, avaliados em R$ 8 milhões. As diligências foram em Corumbá/MS, Belo Horizonte (MG) e Quinta do Sol, o Paraná.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de capitais e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão. O nome da operação é alusão à palavra hebraica “Mamom”, cujo significa é dinheiro ou riqueza.
