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Interior

Ameaçado pelo PCC, Clã Rotela faz greve de fome em presídio paraguaio

A rivalidade entre os grupos se intensificou após dois membros do PCC serem transferidos de penitenciaria

Bruna Marques | 29/09/2022 07:37
Membros do Clã Rotela se sentem ameaçados pelo PCC. (Foto: Divulgação/Site Ponta Porã News)
Membros do Clã Rotela se sentem ameaçados pelo PCC. (Foto: Divulgação/Site Ponta Porã News)

Grupo de sete homens, membros do Clã Rotela, facção paraguaia que disputa espaço com o PCC (Primeiro Comando da Capital), na Penitenciaria Regional de Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande, iniciou greve de fome.

De acordo com o site Ponta Porã News, em vídeo divulgado nas redes sociais, nesta quarta-feira (28), um dos porta-vozes do grupo, identificado como Víctor López, pede uma conversa particular com as autoridades paraguaias.

“Somos presos que tentam ficar calmos, lutamos por nossas liberdades, para ter paz de espírito, não somos nós que estamos fazendo reféns, nem ferindo funcionários, mas as represálias estão vindo em nossa direção, não temos dinheiro e eles estão nos intimidando”, disse o porta-voz. Assista, abaixo, ao vídeo.

Rivalidade antiga - Na semana passada as duas facções iniciariam um motim no presídio, que acabou controlado. A rivalidade entre os dois grupos se intensificou após dois membros do PCC serem transferidos de penitenciaria. Os dois homens foram condenados pelo massacre da Penitenciaria de São Pedro e são considerados inimigos declarados do Clã Rotela.

Em junho de 2019, nove presos morreram e oito ficaram feridos no confronto entre presos do PCC e do Clã Rotela na penitenciária de San Pedro de Ycuamandyyu, no departamento (equivalente a estado) de San Pedro. O grupo criminoso paraguaio é apontado como principal fornecedor de maconha, cocaína e crack em escolas e bairros pobres da capital Asunción e de Ciudad Del Este. É liderado pelo paraguaio Armando Javier Rotela Ayala.

Na ocasião, todos os mortos foram do Clã Rotela. Cinco foram decapitados, três tiveram os corpos queimados e um morreu depois de ser levado para o hospital regional de San Pedro.

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