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Interior

Antes de ser preso, “Bonitão do PCC” mandou fechar cassino de Fahd Jamil

O PCC liderado por Bonitão na fronteira e o clã de Fahd Jamil estão em guerra desde novembro do ano passado

Viviane Oliveira | 13/01/2021 08:25
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani (Foto: arquivo / Marciano Candia/Última Hora)
Viatura da Polícia Nacional em frente ao Cassino Guarani (Foto: arquivo / Marciano Candia/Última Hora)

Um dia antes de ser preso, Giovanni Barbosa da Silva, 29 anos, o Bonitão do PCC (Primeiro Comando da Capital), mandou fechar o Cassino Guarani, que pertence ao veterano mafioso Fahd Jamil Georges, 76 anos, o ex-rei da fronteira procurado pela polícia de Mato Grosso do Sul acusado de integrar o grupo de extermínio de Jamil Name.

 O caso aconteceu na última sexta-feira (dia 8) na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, município distante 323 quilômetros de Campo Grande.

Segundo investigações da Polícia Paraguaia, divulgadas pelo site Abc Color, 24 horas antes de ser preso, Bonitão invadiu o conhecido cassino e ordenou aos funcionários do estabelecimento o fechamento definitivo do estabelecimento. A mesma coisa ocorreu, conforme o jornal, com os demais negócios do clã Jamil, nas cidades brasileiras vizinhas.

O PCC liderado por Bonitão na fronteira e o clã de Fahd Jamil estão em guerra desde novembro do ano passado, quando a facção sequestrou, matou e enterrou quatro membros da quadrilha rival, incluindo dois sobrinhos de Fahd.

 De acordo com o jornal, Bonitão acreditava que o único grupo que poderia impedi-lo de governar a fronteira à vontade era o clã Jamil, por isso ordenou seu extermínio. Porém, a guerra terminou com a captura de Bonitão, cujo sucessor deve ser nomeado nos próximos meses pela liderança da facção.

Na noite de segunda-feira (dia 11), oito membros da facção foram mortos em confrontos com policiais de Mato Grosso do Sul após serem descobertos em uma casa no Bairro Julia Cardinal, em Ponta Porã.

Também conhecido como “Coringa”, Giovanni foi preso sábado (dia 9) em Pedro Juan Caballero. No outro dia, Giovanni foi expulso do Paraguai e entregue a policiais brasileiros na Ponte da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR).

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