Sete anos depois, ação civil pede ressarcimento de ex-prefeito em Coronel Sapucaia
Ação civil pública pede ressarcimento no valor de R$ 362,9 mil reais por desfalque durante a gestão do ex-prefeito de Coronel Sapucaia Eurico Mariano, que deixou o cargo em 2004.
A Promotoria de Justiça de Amambai fez a denúncia no dia 30 de junho, também contra o chefe de gabinete, secretário de finanças, secretária municipal de Educação, diretor do Departamento de Recursos Humanos e secretária de Administração que atuaram na época.
As investigações do Ministério Público Estadual começaram em 2003, no segundo ano de mandato de Eurico Mariano, que ocorreu entre janeiro de 2001 e dezembro de 2004.
Na avaliação do MPE, foi “uma gestão marcada pela prática de diversas irregularidades, por crimes contra a administração pública, ações de improbidade administrativa e até mesmo um homicídio doloso contra um jornalista opositor político”.
O assassinato ocorreu em abril de 2004. O radialista Samuel Roman, morreu na fronteira com o Paraguai, executado a tiros no dia 20 de abril. Eurico Mariano foi acusado de ser o mandante do crime, porque era denunciado pelo jornalista.
Ele foi a juri em agosto de 2007, condenado a 17 anos de prisão em regime fechado, mas a defesa pediu a anulação do julgamento.
A Promotoria ainda acusa o ex-prefeito de idealizar “um esquema de desvio de recursos públicos mediante pagamentos a pessoas que na verdade não integravam o quadro administrativo da municipalidade sapucaiense”.
O MPE também pede que os atos de improbidade resultem na suspensão dos direitos políticos do envolvidos, na perda da função pública e na indisponibilidade dos bens.
Em outubro de 2004, Eurico Mariano chegou a ser afastado da prefeitura por decisão judicial, sob acusação de irregularidades em processos de licitação. Mas entrou com recurso e retornou ao cargo dias depois.