Após denúncia de mãe, HR diz que recebeu criança com quadro potencialmente grave
A mulher relata que depois de chegar ao hospital a filha apresentou uma piora rapidamente
Após mãe denunciar séries de erros que resultaram na morte de menina de 6 anos, Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, em Três Lagoas, diz que criança deu entrada com quadro de SEPSE. A mulher usou as redes sociais para falar sobre o caso e procurou a delegacia da cidade para registrar boletim de ocorrência.
Jéssica Oliveira, de 32 anos, relatou no registro da ocorrência que levou a filha à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) pois ela estava vomitando. No local foram feitos exames de sangue e urina, sendo dito que a criança estava desidratada e com “alteração no sangue”.
Antes de ir para o Hospital Regional, a menina foi transferida para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Na unidade a criança foi medicada com soro e nebulização e também foi feito um raio-x do pulmão.
Por meio de nota oficial, o hospital informou que a paciente chegou ao local na terça-feira (16), às 1h46, “com quadro de SEPSE - doença potencialmente grave desencadeada por inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção avançada”, diz trecho.
Quando chegou no Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, a mãe contou que foi novamente entrevistada por uma médica e que a filha foi novamente medicada, mas não houve melhora. "Estranhei a piora, porque minha filha saiu da UPA e do Hospital Auxiliadora bem, e após a medicação no Hospital Regional piorou de forma rápida", disse.
O hospital ainda disse que três horas após chegar no hospital, ser medicada e ficar em observação, a criança foi entubada. “A criança apresentava sinais de hipertensão e queda de saturação mesmo com máscara de oxigênio”.
“Às 6h30, nova intervenção foi realizada, desta vez, o cirurgião pediátrico realizou passagem de dreno, por Pneumotórax. Após estes procedimentos, às 8h45, a paciente foi levada à UTI Pediátrica”, complementa a nota.
Segundo a mãe, apenas após cerca de oito horas foi autorizada a ir na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde percebeu que a filha estava inchada e entubada. Jéssica conta que outra médica a abordou e questionou se a criança havia caído, tendo em vista que o braço e o pulmão estavam inchados. A profissional também disse que havia perfuração e bastante ar no pulmão, e que a criança ficaria com sequelas.
Já no período da tarde, às 13h20, outra passagem de dreno foi realizada. Conforme relatado, três horas depois a menina teve uma parada cardiorrespiratória, que resultou em sua morte 15h horas após chegar ao HR.
“A direção do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé lamenta o falecimento da paciente e se solidariza com familiares e amigos. Mantém canal aberto para diálogo e está à disposição das autoridades e órgãos competentes para fornecimento de informações técnicas detalhadas e demais esclarecimentos”, encerra a nota.
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