Área onde índio foi morto não pode ter seguranças, só a Força Nacional
Depois do sepultamento do índio Celso Figueiredo, de 34 anos, morto em uma emboscada na aldeia Califórnia, em Paranhos, ficou determinado que apenas a Força Nacional faça o patrulhamento na região e que fazendeiros não vão manter seguranças armados no local.
O corpo de Celso foi sepultado na manhã deste sábado na aldeia Yvykuarussu, depois de um impasse quanto ao local onde ele seria enterrado. Os índios guarani-kaiowá queriam fazer o sepultamento onde ele foi assassinado. Porém, em reunião com lideranças, representante do MPF (Ministério Público Federal) e Funai (Fundação Nacional do Índio) ficou acertado que somente uma cruz será levada para a fazenda.
Celso foi morto no dia 12 de junho. A vítima estava com o pai e ia receber um pagamento por serviços prestados na fazenda Califórnia, quando foi surpreendido por um homem de moto, que estava encapuzado.
O autor, armado com uma espingarda e uma pistola, atirou em Celso. O pai da vítima disse à Polícia que, ao ver o filho baleado, correu para a aldeia em busca de ajuda, mas Celso não resistiu ao ferimento e morreu no local.
Um funcionário da propriedade rural foi preso pelo crime. Ivonei Gabriel Vieira, de 34 anos, nega a autoria do homicídio. Na casa do suspeito foram encontradas munições, uma espingarda calibre 28, uma camiseta branca com resquícios de sangue e um capacete preto, semelhantes aos usados pelo assassino.