Brasil e Paraguai se unem em nova investida contra lavouras de maconha
A 34ª edição da Operação Nova Aliança ocorre no departamento de Amambay, na fronteira com MS
Começou nesta quarta-feira (31) mais uma investida conjunta de autoridades paraguaias e brasileiras para combater a produção de maconha na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. A 34ª edição da Operação Nova Aliança se concentra em áreas de mata do departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.
O trabalho é feito por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e da Polícia Federal brasileira com apoio de helicópteros da PF e da Força Aérea paraguaia. O promotor de Justiça Celso Morales acompanha as ações.
Segundo a Senad, durante duas semanas, as equipes vão fazer incursões em áreas onde os traficantes montam acampamentos para plantar maconha e processar a erva. Pelo menos 90% da produção é destinada ao mercado brasileiro. Facções criminosas já dominam quase todas as roças da droga na linha internacional.
O principal objetivo da operação conjunta é desmantelar a estrutura de produção e causar prejuízo financeiro aos traficantes. Raramente há prisões durante as operações, pois o cultivo é feito por trabalhadores rurais recrutados pelos traficantes por falta de outra opção de sobrevivência.
Primeiro dia – Na primeira incursão, os agentes da Senad e da PF localizaram 10 acampamentos narcos na fazenda Rosalina, nos arredores de Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia.
Nas estruturas precárias montadas no meio da mata, as equipes encontraram 2.810 quilos de maconha pronta 302 quilos de sementes de cannabis.
Também foram erradicados 23 hectares de lavouras de maconha, que produziriam pelo menos 69 toneladas da droga. A Senad estimou em 2,1 milhões de dólares o prejuízo aos traficantes no primeiro dia da operação.