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Interior

Calor faz Força Nacional montar barracas climatizadas em área de conflito

Além das barracas, mesas, cadeiras, um gerador e um climatizador foram enviados

Por Lucas Mamédio | 23/08/2024 18:22
Barraca montada pela Força Nacional nesta sexta-feira (23) em Douradina (Foto: Direto das Ruas)
Barraca montada pela Força Nacional nesta sexta-feira (23) em Douradina (Foto: Direto das Ruas)

Os 18 agentes da Força Nacional que estão em Douradina, a 192 quilômetros de Campo Grande, para impedir o conflito entre indígenas e produtores rurais, receberam nesta sexta-feira (23) duas barracas climatizadas por conta do calor que faz na região. Além das barracas e climatizadores, mesas, cadeiras e outros utensílios foram enviados.

O objetivo é proporcionar o mínimo de conforto para os agentes, conforme apurado pelo Campo Grande News. Como a área é descampada, sem sombra, os profissionais trabalham debaixo de sol forte e se alimentavam dentro das viaturas.

Sala de situação - Portaria assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, cria uma sala de situação para acompanhar a tensão em torno da disputa da Terra Indígena Panambi - Lagoa Rica, em Douradina.

O documento foi publicado hoje (19), no Diário Oficial da União. Na semana passada, ao se reunir com lideranças indígenas guarani-kaiowá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia prometido que essa medida seria tomada.

Agentes da Força Nacional descarregando obejtos a serem usados no acampamento (Foto: Direto das Ruas)
Agentes da Força Nacional descarregando obejtos a serem usados no acampamento (Foto: Direto das Ruas)

A Portaria determina que a sala será coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e mantida por 60 dias, com a participação de membros do próprio ministério que a criou, além de representantes da Secretaria de Acesso à Justiça; da Assessoria Especial do ministro; e da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Tensão - Em cerca de 1 mês, 14 pessoas ficaram feridas em disputas violentas por posse da Panambi - Lagoa Rica, entre os povos originários e fazendeiros. A área em disputa tem aproximadamente 12 mil hectares e há 13 anos foi delimitada (uma das fases do processo demarcatório de Terras Indígenas).

Porém, ainda não foi homologada no processo de demarcação (a fase final do mesmo processo) por o procedimento ter sido suspenso pela Justiça Federal. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve no local disputado no início do mês. Ela prometeu esforço para resolver o impasse sobre a demarcação e pediu o fim dos ataques.

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