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Interior

Caminhonete usada em ataque a traficantes da fronteira é achada queimada

S10 destruída pelas chamas foi encontrada em estrada entre San Bernardino e Luque, no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 01/02/2022 14:19
Caminhonete S10 supostamente usada por pistoleiros foi encontrada queimada no Paraguai. (Foto: ABC Color)
Caminhonete S10 supostamente usada por pistoleiros foi encontrada queimada no Paraguai. (Foto: ABC Color)

Policiais paraguaios suspeitam que caminhonete S10 encontrada queimada na manhã desta terça-feira (1º) tenha sido usada pelos autores do ataque a tiros que deixou dois mortos e cinco feridos, na noite de domingo (30).

Os alvos seriam traficantes da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, que estavam na Ja’Umina Fest, evento de danças tradicionais da Argentina e da Colômbia realizado no anfiteatro de San Bernardino, cidade localizada na margem do Lago Ypacaraí.

A S10 foi totalmente destruída pelas chamas em uma área de mata a 300 metros da estrada que liga San Bernardino a Luque, na região metropolitana da capital Asunción. Vizinhos informaram terem visto a nuvem de fumaça no domingo à noite.

Colocar fogo em veículo usado em crimes de pistolagem é prática recorrente adotada pelas organizações criminosas que lutam pelo controle do tráfico de drogas e de armas na fronteira Paraguai-Mato Grosso do Sul. Até agora, os autores do atentado não foram identificados.

Morreram no ataque a empresária e influenciadora digital famosa no Paraguai Cristina Vita Aranda e Marcos Ignacio Rojas Mora. Segundo a polícia, Vita estava na fila do banheiro e sua morte foi “efeito colateral”. Mora seria traficante e um dos objetivo dos atiradores.

Outros dois traficantes fronteiriços ficaram feridos: o paraguaio José Luis Bogado Quevedo, 38, e o boliviano Marcelo Eladio Monteggia Díaz, 40. Os outros três feridos foram atingidos por acidente.

Procurado pela Justiça brasileira, Bogado continua internado sob escolta da Polícia Nacional. Monteggia já teve alta e foi levado para uma cela da Agrupación Especializada, em Asunción.

Segundo a Polícia Nacional e o Ministério Público do país vizinho, José Luis Bogado Quevedo era o principal alvo dos matadores. Mesmo com ordem de prisão internacional, ele circulava livremente no Paraguai, depois que o mandado foi excluído do sistema por um oficial da polícia paraguaia.

Monteggia, que foi ao evento em uma caminhonete Toyota Hilux com placa de Pedro Juan Caballero, nega ligação com os traficantes. Ele disse que apenas curtia a festa. Entretanto, policiais paraguaios afirmam que o grupo liderado por Luis Bogado estava em pelo menos 14 pessoas.

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