ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Campo de futebol em lavoura agrava tensão entre índios e sitiantes

Proprietários que tiveram de usar trator “blindado” para conseguir plantar, reclamam que lavoura está sendo destruída

De Dourados | 13/12/2019 14:43
Campo de futebol improvisado em lavoura de soja; sitiantes acusam índios (Foto: Direto das Ruas)
Campo de futebol improvisado em lavoura de soja; sitiantes acusam índios (Foto: Direto das Ruas)

Campo de futebol improvisado sobre plantação de soja agravou a tensão entre índios e proprietários de sítios na região oeste de Dourados, a 233 km de Campo Grande. O local é palco de confronto desde outubro do ano passado. Grupos indígenas acamparam em matas na divisa das propriedades com a aldeia Bororó e reivindicam a demarcação das terras vizinhas.

Sitiante que tem propriedade ao lado da aldeia disse hoje ao Campo Grande News que os índios improvisaram traves de gol com bambu e jogam bola sobre a plantação de soja, que está começando a crescer.

“A soja está nascendo e eles fizeram o campo em cima da lavoura. Toda tarde se reúnem dezenas de crianças e adolescentes para jogar bola, com certeza incentivados pelos maiores”, afirmou o sitiante. Segundo ele, o caso seria denunciado em boletim de ocorrência policial.

No início deste mês, o Campo Grande News mostrou que um dos sitiantes teve que usar um trator “blindado” com proteção de metal para conseguir plantar a soja ao lado da aldeia, para evitar que os funcionários fossem feridos por pedras e flechas arremessadas pelos índios.

Vários confrontos entre índios e seguranças contratados pelos sitiantes já ocorreram no local, inclusive com feridos. Recentemente, os índios danificaram viaturas da Polícia Militar com pedras e chegaram a tentar colocar fogo nos veículos usando bombas incendiárias caseiras.

Os índios alegam que as terras fazem parte da área que teria sido expropriada da reserva criada em 1917. Os sitiantes afirmam que têm documentos comprovando que as propriedades nunca estiveram dentro da reserva e cobram providências da Justiça e do governo.

Nos siga no Google Notícias