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Interior

Com 33 casos de dengue, Dourados aumenta ações para evitar chikungunya

Helio de Freitas, de Dourados | 21/11/2014 10:37
Prefeito chamou a coordenadora das ações de combate à dengue e febre chikungunya para determinar continuidade do trabalho nos bairros, mesmo com baixo número de casos (Foto: Divulgação/A. Frota)
Prefeito chamou a coordenadora das ações de combate à dengue e febre chikungunya para determinar continuidade do trabalho nos bairros, mesmo com baixo número de casos (Foto: Divulgação/A. Frota)

Mesmo anunciando que a infestação do mosquito transmissor da dengue e também da febre chikungunya é baixa na cidade, a prefeitura de Dourados, a 233 km de Campo Grande, aumentou o trabalho de combate ao inseto nos bairros e principalmente em residências desabitadas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro até agora foram notificados 173 casos suspeitos de dengue e apenas 33 foram confirmados. Neste mês foram registrados os dois primeiros casos suspeitos de febre chikungunya. Os exames para confirmar ou descartar a doença ainda não foram concluídos. Um rapaz de 23 anos e uma mulher de 30 anos com os sintomas da febre se recuperam em casa.

“Os números estão baixos devido à estrutura oferecida para nossas equipes fazerem o trabalho nos bairros e também pela contribuição de parte da população, que já se conscientizou sobre seu papel no combate ao mosquito transmissor. Mesmo neste cenário confortável a determinação é para manter o foco”, afirmou através da assessoria a coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) Rosana Alexandre da Silva.

Nesta semana o promotor de Justiça Luiz Gustavo Camacho Terçariol fez recomendações à Secretaria de Saúde do município para que aumente as equipes de combate à dengue nos bairros. Recomendou também que hospitais e postos de saúde façam controle próprio dos registros de casos suspeitos e confirmados da doença.

Ontem, o prefeito Murilo Zauith (PSB) chamou a coordenadora do CCZ e um representante dos agentes de endemias para determinar continuidade nas ações preventivas. A chegada do verão e do período chuvoso cria condições mais favoráveis para a proliferação do transmissor da dengue e da febre chikungunya.

Visitas e multas – Conforme a prefeitura, o objetivo principal das ações é eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. De janeiro até o início de novembro foram feitas 374 mil visitas domiciliares. Além do trabalho diário nas casas, também foram feitos cem mutirões nos bairros onde há casos registrados ou maior incidência do mosquito.

Neste ano, a Secretaria de Saúde emitiu 4.984 notificações, 2.863 autos de infração e aplicou 1.461 multas com base na Lei da Dengue. A maioria das multas é de casos de reincidência em que o morador não fez a limpeza do quintal.

Além de entrar nas casas habitadas, os agentes de saúde vistoriam também imóveis fechados. A maioria é de responsabilidade de imobiliárias, mas existem também casas simplesmente abandonadas pelos proprietários.

Nesta semana, segundo a coordenadora do CCZ, os agentes de endemias encontraram focos do mosquito em uma casa fechada no bairro Izidro Pedroso. Garrafas espalhadas pelo quintal, água acumulada no jardim de inverno, piscina abandonada e insetos por todos os lados foi o cenário encontrado pela equipe de saúde pública. O responsável pelo imóvel foi multado.

A coordenadora do CCZ afirmou que a chegada da febre chikungunya, doença mais agressiva que a dengue, serve para reforçar o alerta à população de que é importante fazer o combate do mosquito transmissor. “É uma preocupação a mais, mas as ações de prevenção são exatamente as mesmas”, afirmou Rosana Alexandre.

Segundo ela, todas as atividades são direcionadas à eliminação do Aedes aegypti, através do extermínio de focos, borrifação de inseticidas nos bairros e trabalho educativo para conscientizar as pessoas. “A mensagem levada é simples: onde não há mosquito, não há transmissão da dengue e febre chikungunya”.

Prefeitura já fez cem mutirões e 374 mil visitas domiciliares neste ano, mas moradores ainda descuidam do quintal (Foto: Eliel Oliveira)
Prefeitura já fez cem mutirões e 374 mil visitas domiciliares neste ano, mas moradores ainda descuidam do quintal (Foto: Eliel Oliveira)
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