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Interior

Com DOF e Força Nacional no local, produtores retomam fazenda no "peito"

Antonio Marques e Mariana Rodrigues | 29/08/2015 16:26
Produtores se uniram e retomaram uma das fazendas ocupadas no final da manhã de hoje (Foto: Marcos Ermínio)
Produtores se uniram e retomaram uma das fazendas ocupadas no final da manhã de hoje (Foto: Marcos Ermínio)

Com a Força Nacional e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), os fazendeiros ligados ao Sindicato Rural de Antonio João se uniram e retomaram, no final da manhã de hoje, a posse de uma das fazendas ocupadas pelos índios Guarani e Kaiowa na semana passada.

Agora há pouco o Campo Grande News ouviu uma mulher de nome Fernanda, que estava na sede do sindicato, e relatou por telefone que os produtores fizeram a “retomada da propriedade no peito e no grito”, mas não houve conflito, apesar do clima tenso no local. O  DOF também afirmou que não houve mortes.

A mesma pessoa disse ainda que as informações divulgadas na pagina no facebook da Aty Guasu (organização comunitária indígena), de que havia índios capturados, torturados e até três mortes, “não são verdadeiras, são apelativas”. Segundo ela, pelo menos 20 viaturas da Força Nacional e o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) estão no local para evitar confronto. “Se tivesse ocorrido qualquer morte, estávamos todos presos”, declarou, reiterando que houve apenas a retomada da posse.

A reportagem apurou ainda que a presidente do Sindicato Rural, Roseli Maria Ruiz, estava acompanhando os produtores em razão de ser a proprietária da fazenda.

Pela manhã, conforme o site Ponta Porã Informa, os produtores teriam se retirado do sindicato durante a fala do senador Waldemir Moka (PMDB). Eles se recusaram a ouvir o senador devido a lentidão do governo federal e da justiça para dar uma solução ao caso. De acordo com as informações do site, os produtores saíram afirmando que iriam retomar suas propriedades.

Segundo o comando do DOF, em Dourados, o coronel Barbosa, que está à frente do comando no local, teria dito não poder afirmar que o clima está calmo, mas também não seria um cenário de guerra, como tem sido relato por algumas pessoas. O DOF também confirmou que não há mortes no local, "são apenas especulações."

A reportagem tentou falar com o prefeito Selso Lozano (PT), mas o telefone emitiu mensagem de caixa postal. O secretário estadual de Governo Eduardo Riedel disse que estava em uma reunião em Campo Grande e não poderia falar no momento, apenas adiantou que estava acompanhando a situação em Antonio João. Também tentamos nos telefones do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) em Mato Grosso do Sul e em Brasília, mas ninguém atendeu.

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