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Interior

Com folha de R$ 32 milhões, Délia descarta reajustar salários neste ano

Prefeita de Dourados disse que PCCR criado por antecessor causou maior impacto, pediu diálogo com servidores e prevê 2018 melhor

Helio de Freitas, de Dourados | 29/06/2017 15:09
Délia Razuk durante entrevista coletiva hoje em Dourados (Foto: A. Frota/Divulgação)
Délia Razuk durante entrevista coletiva hoje em Dourados (Foto: A. Frota/Divulgação)

A prefeita de Dourados, Délia Razuk (PR), disse hoje (29) que o município não tem dinheiro para reajustar o salário dos servidores municipais em 2017. Nenhuma categoria teve reposição neste ano e a prefeitura já enfrenta ameaça de greve dos educadores e profissionais de enfermagem.

Durante entrevista coletiva na manhã de hoje em seu gabinete, Délia disse que “gostaria muito” de dar o reajuste, “mas infelizmente não está sendo possível, por causa da crise econômica e principalmente pelo impacto que o PCCR [Plano de Cargos, Carreira e Remuneração] causou na folha”.

O PCCR foi aprovado na administração anterior e entrou em vigor em janeiro deste ano, quando Délia assumiu a cidade.

Na véspera de completar seis meses de mandato, a prefeita disse considerar o primeiro ano à frente da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul como momento para “enfrentar desafios” e prevê “realidade bem melhor” em 2018.

Seis meses depois de assumir a prefeitura de um adversário político, o ex-prefeito Murilo Zauith (PSB), Délia Razuk afirmou que pegou o município “com dificuldade de toda ordem” e que uma das primeiras medidas que tomou foi levar a situação ao conhecimento do Tribunal de Contas do Estado e à Promotoria de Justiça.

Segundo ela, o PCCR implantado pelo antecessor impactou a folha salarial em R$ 6 milhões mensais – a despesa com pessoal é de R$ 33,2 milhões em junho deste ano contra R$ 27 milhões no mesmo mês do ano passado.

Para tentar evitar greve, a prefeita pediu “diálogo franco” com representantes dos servidores. “Tenho muito respeito pelos servidores. Temos nossas responsabilidades e eles também. Não vamos fazer nenhuma promessa em vão”.

“Em 2018 a situação voltará à normalidade”, disse ela, acrescentando que já trabalha para elevar o índice de ICMS. Segundo a prefeita, em 2017 houve redução de R$ 1 milhão ao mês do montante destinado ao município.

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