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Interior

Com greve na Receita, cerca de 200 caminhões estão parados em pátios

Mobilização protesta contra baixo orçamento para o órgão e dura quase 10 dias

Por Cassia Modena | 29/11/2023 09:28
Caminhões parados no pátio de uma das empresas de transporte (Foto: Divulgação/Lourival Pereira)
Caminhões parados no pátio de uma das empresas de transporte (Foto: Divulgação/Lourival Pereira)

Em greve há quase 10 dias, desde segunda-feira (20), auditores da Receita Federal protestam trabalhando em contingente mínimo em todo o Brasil. Em Corumbá, na fronteira do Brasil com a Bolívia, os impactos começam a ser sentidos com a lotação de caminhões parados nos pátios de transportadoras.

"De alfinete a turbina de avião", passa todo tipo de produto pelo Porto Seco de Corumbá, segundo o presidente do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Mato Grosso do Sul) Pantanal, Lourival Pereira. Ele estima U$ 5 mil dólares por dia de prejuízo quando os veículos deixam de sair dos pátios das transportadoras, entregar suas mercadorias e, assim, elas não chegarem ao consumidor final.

Neste momento, há cerca de 200 caminhões com cargas diversas aguardando passarem pela operação-padrão, que é uma vistoria minuciosa feita na alfândega como sinal de greve pela categoria.

No caso de Corumbá, Lourival aponta que há lentidão nessa etapa, o que afeta 35 empresas apenas em Corumbá. "É um prejuízo que acaba recaindo para as empresas privadas. É um custo muito alto manter caminhão e carga parados", pontua.

Os auditores - Com a greve, eles chamam atenção para o baixo orçamento reservado para a Receita Federal, situação que perpetua desmonte sofrido ao longo dos últimos anos.

Outro ponto de reivindicação é a necessidade do cumprimento integral do Plano de Aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização para o ano de 2024, criado há mais de 40 anos para garantir a manutenção dos mecanismos arrecadatórios que viabilizam o orçamento público.

Segundo o presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal) em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, apenas um auditor fiscal está trabalhando no Porto Seco de Corumbá. Ele não pode aderir à greve diante da obrigação de manter 30% do efetivo para prestar o serviço essencial.

"A estação alfandegária tem problema crônico de pessoal e como um todo", complementa. Ele confirma que há lentidão de algumas horas nos trabalhos desde o início da greve, e que isso tem provocado espera pela operação-padrão.

Também há impacto com as operações-padrão realizadas em aeroportos, para liberação de bens e mercadorias. Além de Corumbá, Uruguaiana (RS) registra grande fila de veículos à espera de passar no porto.

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