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Interior

Com mais dois nomes, polícia identifica seis dos 8 mortos em confronto

A polícia paraguaia divulgou outros dois nomes, mas a polícia de MS ainda não confirma

Mirian Machado e Helio de Freitas | 12/01/2021 18:35
(De cima para baixo e da esq á direita) Oscar Pietro, Daniel Escobar, Oscar Delvalle, Fredi Rodriguez, Blas Gonzales e Edson Pietro(Foto:Reprodução)
(De cima para baixo e da esq á direita) Oscar Pietro, Daniel Escobar, Oscar Delvalle, Fredi Rodriguez, Blas Gonzales e Edson Pietro(Foto:Reprodução)

Polícia Civil de Mato Grosso do Sul identificou até o momento seis dos oito mortos em confronto com policiais entre a noite de ontem (11) e a madrugada desta terça-feira em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Outros dois nomes foram divulgados pela polícia paraguaia, porém não foram confirmados pela polícia de MS.

Dessa vez, foram identificados Blas Daniel Moraes Gonzales de 18 anos e Daniel Irala de Santa Ana. A polícia já havia divulgado os nomes dos irmãos Edson Prieto Davalos, 27 anos e Oscar Prieto Davalos, 23 anos, além de Fredi Portillo Rodriguez, 30 e Oscar Ruben Cardozo Delvalle, 32anos.

Conforme apurado, à imprensa paraguaia, a Polícia Nacional do país vizinho divulgou os nomes de Diego Marcial Moraez González  28 anos e Alcides Trinidad aliás Jonhy 19 anos, mas segundo a polícia de Ponta Porã, esses dois nomes não tem cadastro de identificação no Paraguai, nem em MS e dependerá de maiores buscas, inclusive nos cadastros de outros Estados.

Carros apreendidos com bandidos do PCC (Divulgação)
Carros apreendidos com bandidos do PCC (Divulgação)

Os mortos em confronto eram suspeitos de participação em execuções ocorridas nos últimos meses na Linha Internacional entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. A fronteira enfrenta nova guerra entre a facção brasileira e quadrilhas locais pelo controle do tráfico de drogas e de armas.

Eles estavam em uma casa no bairro Julia Cardinal, em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. O “QG” ficava em ponto estratégico, na saída para Dourados, a poucos metros do território paraguaio e perto de uma mata.

Conforme a Polícia Civil, a organização estaria envolvida em dois recentes homicídios na região do distrito de Sanga Puitã e nas proximidades da linha internacional. Os dois fuzis, pelo menos cinco pistolas e um revólver encontrados com os bandidos mortos serão periciados, na tentativa de encontrar ligação com as mortes.

Após confronto, movimentação em frente ao "QG" do PCC em Ponta Porã: moradores observam de longe. (Foto: Direto das Ruas)
Após confronto, movimentação em frente ao "QG" do PCC em Ponta Porã: moradores observam de longe. (Foto: Direto das Ruas)

O confronto – Segundo a Polícia Civil, o “QG” do PCC foi descoberto durante por policiais civis do Setor de Investigações Gerais da Delegacia de Ponta Porã e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Sequestro).

Na casa, as equipes constataram intensa movimentação de pessoas ligadas à facção, bem como homens armados. As investigações apontaram que o local servia de esconderijo para armamento de grosso calibre, segundo a polícia.

Recebidos a tiros, os policiais revidaram e seis homens foram atingidos. Todos foram socorridos ao Hospital Regional de Ponta Porã, mas morreram em consequência dos ferimentos. Dois suspeitos conseguiram fugir, mas também morreram em confronto com policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e do Bope da Polícia Militar.

Bonitão – Além das execuções, a quadrilha abatida pela polícia é suspeita de participar da tentativa fracassada de resgatar o atual chefe do PCC na fronteira, Giovanni Barbosa da Silva, 29, o “Bonitão”, na madrugada de domingo (10).

Procurado no Brasil por tráfico de drogas e de armas, “Bonitão” tinha sido preso no sábado à noite, em Pedro Juan Caballero, e levado para a sede do setor de investigações da Polícia Nacional. Horas depois a quadrilha dele tentaram resgatá-lo. A troca de tiros durou pelo menos uma hora. Um morador que passava pelo local foi atingido e está na UTI em Pedro Juan. Ele levou um tiro na coluna e ficou paraplégico.

Giovanni foi expulso do Paraguai por ordem do presidente Mario Abdo Benítez e ainda no domingo foi entregue a policiais federais brasileiros, na Ponte da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR).

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