Com nível da água subindo, ONG emite alerta de cheia no Pantanal
Um levantamento da Ecoa - organização não governamental que visa promover ações para preservar o meio ambiente - mostra que moradores da comunidade tradicional Barra de São Lourenço, já estão preocupados com a possibilidade de cheia do Rio Paraguai. Assim como fez a Embrapa Pantanal, em janeiro, a organização também emitiu um alerta para possibilidade de cheia às margens do rio nos próximos meses.
A comunidade, constituída por 22 famílias, já viveu uma cheia em 2014 e moradores temem que o fenômeno ocorra novamente. Em entrevista ao Ecoa, Leonida de Souza, residente há mais de 40 anos na região, afirmou que o nível da água está subindo rapidamente e que os ribeirinhos temem serem prejudicados. “Nós já estamos suspendendo as coisas e vamos ver como tudo fica.”, afirmou.
Conforme a moradora, em 2014 a água adentrou mais de 70 centímetros as casas de palafita na comunidade e a população tinha de aguardar auxílio com transporte para serem deslocados até às áreas secas.
Membros da Ecoa – Ecologia e Ação monitoram constantemente alguns rios do Pantanal para identificar e alertar antecipadamente sobre a possibilidade de eventos extremos, como as “cheias extraordinárias“. Diariamente, o Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, da Marinha do Brasil, divulga medições de altura do rio Paraguai em 5 pontos (Cáceres, Bela Vista, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho) e um ponto do rio Cuiabá.
A análise constante destas informações ajuda em previsões de cheias e secas mais prolongadas, situações que podem afetar a economia – turismo e pecuária, por exemplo – e a vida das pessoas em toda a planície.