Dívida de 2 milhões de dólares motivou assassinato de pecuarista na fronteira
Mandante, também pecuarista, está foragido; polícia encontrou arsenal na casa dele em Adamantina
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O pecuarista Valdereis Rodrigues de França, 61 anos, foi executado por pistoleiros em Sete Quedas, Mato Grosso do Sul, devido a uma dívida de US$ 2 milhões (R$ 11,5 milhões) com o também pecuarista Orlando Vendramini Neto, 64 anos, apontado pela Polícia Civil como mandante do crime. A execução ocorreu em plena luz do dia e a polícia apreendeu armas, munições e equipamentos utilizados por grupos de extermínio na casa de Orlando, que teria fugido para o Paraguai. As investigações continuam para identificar os demais envolvidos, incluindo os pistoleiros.
O pecuarista Valdereis Rodrigues de França, 61, foi executado por pistoleiros por causa de dívida de 2 milhões de dólares, equivalentes a R$ 11,5 milhões. O crime ocorreu no dia 5 deste mês em Sete Quedas, cidade a 468 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Orlando Vendramini Neto, 64, também pecuarista, é apontado pela Polícia Civil como mandante do crime. Ele devia o dinheiro a Valdereis e, para não pagar a dívida, contratou pistoleiros para executar o desafeto.
A execução foi praticada por dois homens em plena luz do dia, quando a vítima transitava em sua caminhonete Toyota Hilux pelo centro de Sete Quedas (veja o vídeo acima).
Conforme as investigações, Orlando possui propriedades em Adamantina (SP) e também na fronteira com o Paraguai. Ele, nacionalidade brasileira e paraguaia, já foi presidente do Sindicato Rural de Sete Quedas.
Nessa segunda-feira (11), policiais civis das delegacias de Sete Quedas e de Três Lagoas, da delegacia de Adamantina e da Seção de Investigações Gerais de Dourados cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao suposto mandante.
Armas ilegais, equipamentos utilizados por grupos de extermínio – como carregadores com capacidade para 100 tiros – e grande quantidade de munições foram apreendidos na casa de Orlando.
O crime – No local da execução, equipe de Perícia Científica e investigadores da Polícia Civil encontraram oito estojos de munição calibre 9mm e 5 projéteis deflagrados, demonstrando que a execução foi praticada com armamento pesado e de forma premeditada.
Policiais da Seção de Investigações Gerais de Dourados foram designados para conduzir o caso, tendo em vista que havia suspeita do envolvimento de uma rede de matadores profissionais.
Os investigadores conseguiram identificar Orlando como mandante do crime. A moto utilizada pelos pistoleiros foi encontrada incinerada, para apagar provas.
Ontem, de manhã, policiais foram até a fazenda de Orlando Vendramini Neto, nos limites entre os municípios de Paranhos e Sete Quedas, bem como em sua residência em Adamantina.
Na fazenda em MS e na casa em São Paulo, a polícia localizou os carregadores com grande capacidade de armazenamento, além de outras armas e muitas munições.
Ao todo foram apreendidas 10 armas de fogo e quase 1.000 munições, além de drones, binóculos e outros equipamentos que podem ter sido utilizados na execução do crime.
Orlando não foi encontrado nos endereços. Ele teria fugido para o Paraguai. A Polícia Nacional do país vizinho foi acionada para colaborar na captura. As investigações continuam para identificar os demais envolvidos, entre eles os dois pistoleiros.
Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.