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Interior

Empresário da fronteira participou de invasões a Poderes em Brasília

José Paulo Afonso Barros é de Ponta Porã; em setembro de 2021, ele foi preso por golpe contra investidores

Helio de Freitas, de Dourados | 09/01/2023 10:03
José Paulo com máscara de gás durante invasão do STF, ontem, em Brasília (Foto: Reprodução)
José Paulo com máscara de gás durante invasão do STF, ontem, em Brasília (Foto: Reprodução)

O empresário José Paulo Afonso Barros, o “Paulinho”, dono de uma seguradora em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande) esteve entre os terroristas bolsonaristas que invadiram as sedes dos Poderes da República, ontem (8), em Brasília.

Paulinho aparece em foto que circulou em redes sociais dentro da sede do STF (Supremo Tribunal Federal), invadida e depredada pelos manifestantes. O empresário usava máscara de gás, mas foi reconhecido pelos moradores da cidade.

José Paulo estava acampado desde o início de novembro em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Em dezembro, ele apareceu pintado como se fosse indígena e chegou a circular junto com outros membros da comunidade Xavante. Ainda não há confirmação se Paulinho foi preso após os atos criminosos de ontem.

José Paulo pintado nas cores do povo Xavante, durante ato em Brasília (Foto: Reprodução)
José Paulo pintado nas cores do povo Xavante, durante ato em Brasília (Foto: Reprodução)

Em setembro de 2021, José Paulo foi preso no âmbito da Operação Romeu Sierra India, deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar organização criminosa acusada de aplicar golpe milionário em investidores. Ele passou quatro meses na cadeia e foi solto para responder ao processo em liberdade.

Segundo a PF, vítimas da empresa RSI Negócios Financeiros Ltda., alvo da operação, chegaram a vender todo o patrimônio e entregar o dinheiro nas mãos dos golpistas.

Até o início do ano passado, pelo menos 43 processos por danos morais e materiais, pedido de restituição de dinheiro e de bloqueios de bens dos golpistas estavam em andamento na área cível da Justiça de Mato Grosso do Sul. Só em Amambai, cidade natal de um dos fundadores da empresa, eram 12 ações.

José Paulo atuava como gerente responsável por saques na RSI e cuidava da captação de novos investidores. Segundo a PF, há casos em que investidores aplicaram na empresa mais de R$ 200 mil. Pelas contas bancárias da RSI circularam pelo menos 60 milhões durante dois anos.

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