Extorsão frustrada de US$ 1 milhão para soltar “Bonitão” provocou tiroteio
Informação divulgada pelo jornal La Nacion indica que apenas parte do dinheiro foi repassada pelo líder do PCC na fronteira
O ataque de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) para tentar resgatar o líder da facção na fronteira, Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, pode ter tido início após tentativa de extorsão. De acordo com a imprensa paraguaia, negociação previa o pagamento de US$ 1 milhão para que Bonitão fosse solto, mas apenas parte do dinheiro, cerca de US$ 500 mil, foram pagos.
De acordo com o site La Nacion, fontes que pediram o anonimato apresentaram imagens gravadas por testemunhas, indicando que a prisão do líder faccionário aconteceu pelo menos 2h30 antes do havia sido anunciado.
Ainda segundo o jornal, outro fato que chamou atenção foi a quantidade pequena de policiais que participaram da ação, assim como a calmaria da equipe de segurança. A publicação cita ainda que, no momento do tiroteio, as imagens, não divulgadas, apontam que o chefe da facção chega a descer do veículo para que um dos policiais assuma o comando do tiroteio.
Sobre o valor cobrado para a soltura de Bonitão, o site afirma que, após a prisão, Giovanni foi levado à Basse de Investigação Criminal, onde a quantia foi cobrada. Parte do dinheiro, US$ 500 mil, teria sido entregue pelo preso para sua libertação, mas por razões ainda desconhecidas, a ação acabou não acontecendo.
“O Giovanni prometeu entregar os outros $ 500.000 na segunda-feira (ontem), mas as investigações não aceitaram. Houve uma discussão entre o emissário que trouxe o dinheiro com os uniformizados, que terminou com um violento tiroteio ”, disseram as fontes ao La Nacion.
O site diz ainda, que a informação do pagamento só “vazou” após Bonitão ser levado a Ciudad del Este, onde foi extraditado para o Brasil. Isso porque, conforme relato, a divisão do dinheiro, entre os policiais, não aconteceu de forma proporcional. A reportagem termina dizendo que, no momento, não está descartada ação criminosa em “vingança” do “golpe”.