Fiança de acusado de fazer prostitutas reféns é 10% do valor da conta em boate
Homem negou acusações, mas foi preso por ameaça e porte ilegal de arma de fogo
Preso em flagrante por fazer garotas de programa reféns na madrugada de hoje (dia 13), homem, 28 anos, teve a fiança arbitrada em R$ 1.212, 10% do valor da dívida de R$ 12 mil na boate de Dourados.
O valor foi determinado pelo delegado Eliel Raimundo Alves, mas a fiança não tinha sido paga até hoje à tarde. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) deu parecer favorável ao valor arbitrado. A promotoria ainda solicitou que ele seja proibido de sair da comarca, sem autorização judicial, por mais de 15 dias.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento), o homem foi enquadrado nos crimes de ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Segundo o registro policial, ele estava armado com uma pistola 380 e fez as duas mulheres reféns. Ele ameaçava atirar, enquanto as jovens estavam desesperadas, com medo de morrer. Após intensa negociação, o cliente ordenou que uma das garotas abrisse a porta e se entregou. Os três ficaram trancados num dos quartos da boate, chamada suíte vip.
No interrogatório, o homem disse que brigou com a esposa na quinta-feira (dia 10) e foi para a boate, às margens da BR-463. O rapaz se identificou como lutador profissional, mas trabalha como atendente numa imobiliária.
Sobre a arma, o jovem disse que comprou a pistola 380 em Florianópolis por R$ 10.500 e que só a pegou quando as mulheres começaram a falar da sua família. O homem conta que direcionou a arma para a porta com medo de que alguém entrasse e negou sexo sem consentimento. Ele relatou que os três usaram cocaína e que “sabia que ia morrer ali”, porém não detalhou o motivo.
Uma vítima disse que a colega foi feita de escudo humano e que o cliente, bastante exaltado, ligou para o 190 pedindo ajuda, pois estaria sendo ameaçado pelas duas prostitutas.
No Boletim de Ocorrência, uma das garotas de programa disse que o cliente forçou relação sexual sem preservativo e teria material coletado para investigação de estupro. Durante o depoimento, as duas negaram sexo sem consentimento.
Na aproximação dos policiais, o cliente gritava que eles eram do PCC (Primeiro Comando da Capital) e precisou ser acalmado pela equipe durante a longa negociação.